Bispos preocupados com situação de migrantes hondurenhos


Tegucigalpa (RV) - “Aproximar-se da realidade do povo hondurenho e fazer propostas para frear a desigualdade, a exclusão e a corrupção no país.” 

É o que a Conferência Episcopal Hondurenha pede ao mundo político na mensagem natalina intitulada “De Belém a Nazaré”. 

No documento, os bispos recordam que 2017 será “um ano político”, pois em 12 de março se realização as eleições primárias, e em novembro, as consultas gerais. 

Os prelados hondurenhos esperam que os futuros candidatos saibam “se aproximar da realidade do povo para analisar, propor e oferecer alternativas a fim de superar a desigualdade e a exclusão, e nos libertar da corrupção”. 

“Feliz ano político a todos vocês! Feliz Ano Novo se os cidadãos assumirem a responsabilidade do bem comum, se informar sobre propostas e projetos para controlar o que se promete e não deixar-se levar por ofertas ou palavras enganosas que possam encantar”. 

Os bispos expressam também preocupação pela dor que vivem muitos hondurenhos, sobretudo as crianças, “obrigados a migrar, expostos à exploração e violência em seu percurso, mal pagos quando chegam ao destino, e criminalizados pela arrogância daqueles que aproveitam de sua fadiga”.

Os prelados se comprometem a reforçar a Pastoral da Mobilidade Humana a fim de que o amor e a proximidade de toda a comunidade cheguem às crianças e adolescentes que migram, vulneráveis e sem voz.

Segundo cifras oficiais, 10.468 menores hondurenhos não acompanhados conseguiram atravessar o confim entre México e Estados Unidos em 2016. Esta cifra representa 93,5% a mais em relação aos 5.409 que chegaram ao país em 2015. 

(MJ)








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