Publicado guia para os pobres que vivem em Roma


Cidade do Vaticano (RV) - “Roma: onde comer, dormir e tomar banho”: é o guia de Roma para pobres edição 2017, realizado há 27 anos pela Comunidade de Santo Egídio. Em 235 páginas, constam 600 endereços de estruturas e postos de serviço que atendem italianos e estrangeiros carentes de todo tipo de assistência: desempregados, moradores de rua, dependentes de álcool e drogas, viciados em jogo, detentos, mulheres vítimas de tráfico sexual e menores de idade. 

Aumenta a pobreza, mas também a solidariedade

O guia – que terá 12 mil cópias distribuídas gratuitamente – foi apresentado na manhã de quinta-feira (22/12) em Roma, pelo Presidente da Comunidade, Marco Impagliazzo. Segundo ele, a pobreza material e moral está em aumento, mas a solidariedade também está crescendo. 

“Acredito que o Ano Jubilar da Misericórdia suscitou muitas e novas energias do bem e de ajuda às pessoas mais pobres, que vemos nas esquinas das ruas de Roma e em tantas situações de dificuldade e precariedade. Nós constatamos um aumento da solidariedade não apenas em nossa Comunidade de Santo Egídio, mas em várias associações e paróquias que se colocaram à disposição das pessoas mais pobres. É claro que a pobreza aumentou, registramos quase 8 mil pessoas sem moradia em nossa cidade, as casas de acolhida são ainda poucas e as instituições pouco fizeram para criar novas”.

“Da crise saímos juntos”. Mas com quem e come?

“O nosso é um mundo de pessoas sós, e pobres porque sós. Existem pobres também porque não há perspectivas de solução para a situação de crise. E aqui, surge o  problema de um novo acordo entre as instituições públicas e o mundo do voluntariado e dos cidadãos que têm tanta boa vontade, mas que frequentemente se defrontam com complicações e burocracia, muitas vezes culpadas pela dificuldade concreta de sair da crise”. 

Para combater a pobreza – acrescenta Impagliazzo – é preciso atuar em duas frentes: a da moradia e a do trabalho. Além disso, ajudar as famílias com três ou mais filhos. Tudo isso sem esquecer as comunidades nômades, que vivem na pobreza absoluta. 

A quantidade de pessoas na “pobreza absoluta” subiu para 4,6 milhões no ano passado, ou 7,6 por cento da população – eram 6,8 por cento em 2014 –, o índice mais alto desde que os registros atuais começaram em 2005, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas Italiano (Istat).

(RG/CM)

 








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