2016-12-20 12:13:00

Portugal: livro de crónicas sobre o pontificado de Francisco


No final da tarde de sábado 17 de dezembro, dia do 80º aniversário do Papa Francisco, teve lugar na Paróquia do Santíssimo Sacramento na cidade do Porto em Portugal a apresentação do livro “Caminhando com Francisco – crónicas de um pontificado, de dezembro 2014 a outubro de 2016” da autoria do nosso colega de redação Rui Saraiva.

A presidir a este evento esteve Dom António Francisco dos Santos, bispo do Porto numa apresentação que foi proposta pelo Prof. Doutor José Carlos Carvalho da Universidade Católica. De destacar que os textos deste livro foram publicados, na sua grande maioria, na coluna “Praça de S. Pedro” do jornal “Voz Portucalense”, semanário da diocese do Porto.

Da leitura do livro, o Prof. José Carlos Carvalho sublinhou ser este um contributo em forma de “diário de bordo” que nos aproxima da “viagem da barca” da Igreja que tem “ao leme o Papa Francisco”. O livro de Rui Saraiva propõe o “caminho do Pontífice” a partir da experiência do autor no seu trabalho na Rádio Vaticano – assinalou o Prof. José Carlos Carvalho que destacou, neste sentido, as crónicas deste livro sobre a Viagem Apostólica do Santo Padre à Bolívia em julho de 2015.

Dom António Francisco dos Santos, por sua vez, disse na sua intervenção estar a aprender “a ler a vida do Papa Francisco” e o seu testemunho no dia do seu 80º aniversário. O bispo do Porto afirmou ainda ser o livro de Rui Saraiva e o aniversário do Papa um bom motivo para olhar o pontificado de Francisco lendo o “alcance” da sua eleição no conclave de março de 2013.

Em entrevista à Rádio Vaticano, Rui Saraiva referiu como nasceu a ideia de escrever um livro sobre o Papa Francisco:

Este livro nasce do meu trabalho diário na RV no acompanhamento da atividade do Papa: as principais celebrações, as audiências gerais, o angelus, as viagens apostólicas, a Missas na Casa de Santa Marta, entre tantos outros momentos do pontificado do Santo Padre.

Foi em dezembro de 2014 que aceitei o convite para suceder ao padre José Maria Pacheco Gonçalves, nosso ex-colega de redação, na missão de escrever um artigo semanal na coluna “Praça de S. Pedro” no jornal “Voz Portucalense” da minha diocese do Porto. Passei, então, a ter que responder ao desafio de organizar uma crónica semanal partindo dos textos que vou desenvolvendo diariamente.

Passei, então, a selecionar semanalmente um tema e uma atividade do Papa que destacaria na minha crónica. E foi assim que com a homilia da Missa da Noite de Natal em 2014, que foi o meu primeiro texto, passei a escrever as minhas crónicas para o jornal “Voz Portucalense”.

Na organização da escrita procuro utilizar uma linguagem simples e concreta tentando fazer caminho com o Santo Padre, ou seja, percorrendo o essencial da sua mensagem e dos seus gestos, lendo o rumo do seu pontificado.”

O nosso colega de redação recordou nesta entrevista algumas das crónicas que mais o marcaram neste caminhar com Francisco:

“Recordo, por exemplo, as crónicas que escrevi sobre o Sínodo dos Bispos sobre a Família que obrigaram a um trabalho de perceção da temperatura do debate entre os padres sinodais: a diversidade das opiniões, as polémicas que se geraram, as propostas de ação e as reações e reflexões nos pequenos grupos de trabalho.

Mas, principalmente, recordo as intervenções e a presença atenta, observadora e de garantia da unidade do Papa Francisco. Foram momentos inesquecíveis, dias de muito trabalho e até com alguma ansiedade relativamente às conclusões. A este propósito destaco numa destas crónicas o discurso final do Papa no qual lançou o desafio de ser defendido o homem e não as ideias, o espírito e não a letra da doutrina.

Entretanto, dou grande destaque neste livro ao Ano Santo da Misericórdia, desde o seu anúncio até à sua proclamação e aos muitos momentos marcantes deste Jubileu.

Recordo, por exemplo, a abertura em S. Pedro no dia 8 de dezembro de 2015 na qual o Santo Padre exortou os cristãos a adotarem a misericórdia do bom samaritano; e, por exemplo, o Jubileu dos Adolescentes quando Francisco afirmou que a felicidade não é uma aplicação de telemóvel e pediu aos jovens para serem testemunhas de perdão. São palavras intensas que o Papa sempre procura transmitir e que marcam fortemente o nosso trabalho enquanto jornalistas: ou seja, colhermos o essencial e transmiti-lo num modo ao mesmo tempo completo e sintético.

Também muito significativa foi a pregação que o Santo Padre promoveu no Jubileu dos Sacerdotes, dizendo-lhes que a misericórdia não é Photoshop mas fazer com que a partir das próprias misérias possamos renovar e avançar na nossa vida.

E todas estas crónicas foram assim organizadas num só livro para que integradas num só texto permitam conhecer o caminho do Papa Francisco.

Recordamos que parte da receita da venda deste livro será para a ação pastoral da paróquia de origem do nosso colega, Rui Saraiva, em particular, para a catequese.

(RS/DA)








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