Papa: falar dos pobres não é doença, é falar de Deus


Cidade do Vaticano (RV) – A Gendarmaria Vaticana promoveu na Sala Paulo VI um concerto beneficente para arrecadar fundos em prol de duas iniciativas: para a construção de um hospital pediátrico em Bangui, na República Centro-Africana, e para ajudar as vítimas dos terremotos no centro da Itália. O protagonista do concerto, realizado na noite de sábado (17/12), foi o artista italiano Claudio Baglioni.

Para a ocasião, o Papa Francisco gravou uma videomensagem para agradecer aos promotores, aos artistas e ao público que aderiu a esta iniciativa, definindo-os “artesãos de misericórdia”. “Como disse em outras ocasiões, as obras de misericórdia são modeladas por mãos e corações de homens e mulheres”, afirmou o Pontífice, citando a Carta apostólica “Misericordia et misera”, publicada no encerramento do Ano Jubilar.

Viver a misericórdia

“Para vencer a tentação das palavras, da teoria da misericórdia, é necessário transformá-la na vida de todos os dias, vida que se torna participação e compartilha”, acrescentou Francisco, dando como exemplo justamente o concerto na Sala Paulo VI, finalizado a ajudar duas “situações concretas de pobreza e necessidade”: Bangui e as vítimas do terremoto.

Falar dos pobres não é doença

“Às vezes – disse ainda o Papa – alguém me pergunta: ‘Mas padre, o senhor fala sempre dos pobres e da misericórdia’. Sim – digo - , mas não é uma doença. É simplesmente o modo com o qual Deus se revelou.”

Investir no paraíso, não na bolsa de valores

De fato, prosseguiu o Papa, Deus entrou no mundo nascendo como todas as crianças. Foi entregue a pastores, não a reis e príncipes. “Este é o nosso Deus: não o totalmente outro, mas o absolutamente próximo. Por isso, tornar-se artesãos da caridade e construtores de misericórdia não é como investir na bolsa, mas no paraíso, na vida bem-aventurada do céu, no amor do Pai.”

O Pontífice concluiu sua mensagem agradecendo novamente ao público e aos artistas em nome das crianças de Bangui e das vítimas do terremoto. “Não podemos fazer grandes coisas, realizar grandes projetos, mas aquilo que faremos terá a assinatura da nossa paixão pelo Evangelho. Bom Natal a todos!”








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