Santa Sé: Agenda global para deter proliferação de armas


Nova York (RV) - “O drama verdadeiro de uma milícia bem fornida de armas de destruição de massa é que não tem regras para fazer uma guerra. Tudo pode ser um objetivo: uma mãe com o filho, um bairro com famílias. Qualquer pessoa é um inimigo, até mesmo um homem idoso desarmado.”

Foi o que disse o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova York, Dom Bernardito Auza, na sessão do Conselho de Segurança da ONU dedicada à agenda global sobre a não proliferação de armas de destruição de massa. 

Armados e impunes

O representante vaticano apontou o dedo contra os “protagonistas não estatais” cujo envolvimento aumentou guerras e conflitos aumentou e isso causou efeitos horríveis contra as populações civis, sobretudo para mulheres, crianças, idosos e deficientes. Isso porque eles usam impunemente armas de destruição de massa na ilegalidade total, mostrando pouca ou nenhuma preocupação com os civis”.
 
Condenação

Segundo Dom Auza, preocupam “os progressos tecnológicos” registrados “na força destruidora dos sistemas de arma”, que produzem “catástrofes cada vez piores”. “Para a Santa Sé, qualquer ação, qualquer tipo de arma que mira destruir cidades inteiras ou grandes regiões e seus habitantes é contrária ao direito humanitário  internacional e vai contra todas as ideias de civilização, e merece uma condenação sem hesitações”, disse Dom Auza.

Sangue inocente

O prelado falou também sobre “o comércio de armas que em vários níveis envolve alguns Estados que fornecem armas a outros países  mesmo sabendo que serão usadas para perpetrar atrocidades de massa, suprimir os direitos humanos fundamentais e prejudicar o desenvolvimento de inteiras populações e nações”. “Transações”, acrescentou lembrando o Papa Francisco, “que permitem lucros enormes e fáceis com o preço do sangue inocente”.

“A não proliferação, o controle de armamentos e o desarmamento estão na base da segurança global, do respeito pelos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável”, disse o representante vaticano. “Sem eles o alcance da tão almejada Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável será seriamente afetada”, concluiu Dom Auza.
 
(MJ)








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