Pelos menos 25 pessoas morreram num atentado à bomba, neste domingo 11 de dezembro, no seio da Igreja São Pedro e São Paulo, adjacente à catedral copto-ortodoxa São Marcos, na capital do Egipto. A forte explosão ocorreu quando estava em curso uma celebração litúrgica em que participava muita gente. De momento não foi reivindicado por nenhum grupo terrorista.
O Cardeal Loenardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas orientais, escreveu através de um tweet, uma oração para os “irmãos e irmãs da Igreja copta”.
O Imã da mais alta instituição do islão sunita no Egipto, Al-Azhar, condenou o ataque. Num comunicado, Ahmed-AlTayeb qualificou este atentado mortífero de “explosão infame que visou pessoas inocentes.”
Nestes últimos meses, os ataques contra a comunidade copta no Egipto têm aumentado. No verão, casas de famílias cristãs foram alvo de ataques sobretudo em aldeias da província de Minya, no Alto-Egipto.
O Patriarca copto-ortodoxo, Tawadros II, o grande imã de Al-Azhar, o sheikh Al-Tayyeb e o chefe de Estado do Egipto, Abdel Fattah Al-Sissi tinham, então, apelado à calma e à razão e chamado a atenção para o perigo que representam estas violências sectárias para a unidade da nação egípcia.
As tensões confessionais não são novas no Egipto, mas o seu intensificar-se é devido, talvez, a um projecto de lei sobre a construção de igrejas. Em finais de agosto, depois de difíceis negociações, o sínodo da Igreja copto-ortodoxa no Egipto anunciou que se tinha chegado a um acordo com o Governo sobre o projecto de lei que abroga a legislação actualmente em vigor. É uma lei que vem da era otomana e é muito restritiva em relação aos edifícios cristãos.
(DA com MD-MA e AFP)
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