Simpósio para ecônomos indica linhas operacionais para o futuro


Cidade do Vaticano (RV) – Concluiu-se no domingo (27/11), no Auditório da Pontifícia Universidade Antonianum, o II Simpósio Internacional sobre economia, organizado pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

No início da manhã, o Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito do dicastério, indicou aos presentes novos caminhos de esperança que se abriram para os consagrados e as consagradas, como fruto do Ano da Vida Consagrada.

“A esperança de que falamos – afirmou – não se funda nos números ou nas obras, mas naquele em quem depositamos a nossa confiança e para quem nada é impossível”. Forte também, foi o apelo do Cardeal brasileiro para se caminhar juntos na escuta de Deus e na sinodalidade.

Antepor o "ser" ao "ter"

Em seu caminho – afirmou durante sua palestra, a Sub-Secretário da Congregação, Irmã Nicla Spezzati – “a pessoa consagrada se sente chamada a antepor o ser ao ter, o estar diante de Deus em relação ao fazer por Deus. Os votos tornam capazes de assumir o modo de existência do próprio Cristo, em que tal “estar” torna-se dom de si, fecundo na reciprocidade dos discípulos”

“Pensar a economia significa estar inseridos no processo de humanização, que nos torna, para dizê-lo com os latinos, humanissimi, ou seja, pessoas no sentido mais pleno do termo, conscientes de si mesmos e da própria relação-missão no mundo: “Eu sou uma missão sobre a terra e por isto me encontro neste mundo” (EG 273).

“Administrar a nossa condição humana com sabedoria, na obediência das suas leis intrínsecas e da vocação recebida, é a primeira economia base da vida consagrada” – completou - recordando como uma constante magisterial seja a atenção pela escolha de proximidade e inserção entre os pobres e o empenho pela justiça.

Coerência

“Um religioso não pode estar dedicado à obras de justiça social e aliviar o sofrimento dos pobres, sem que a própria vida tenda a uma efetiva pobreza; desta forma, não se pode cultivar uma pobreza individual e comunitária que não se expresse também em uma proximidade aos necessitados”.

Critérios na base das escolhas operativas

Durante a tarde, o Secretário do mesmo dicastério, Arcebispo José Rodríguez Carballo, indicou os critérios que devem estar à base das futuras escolhas operativas: fidelidades ao carisma, tutela dos bens eclesiais, sustentabilidade das obras, capacidade de prestar contas e pobreza.

"A partir desses critérios - concluiu - podem ser retiradas algumas orientações operacionais, a serem declinadas segundo as características específicas dos Institutos, com particular referência à natureza e atividades desenvolvidas, dimensão e articulação, contexto territorial da operacionalidade, a legislação estatutária aplicável e escolhas organizacionais tomadas".

 

(JE)








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