1717: espetáculo recorda destruição da imagem de NS Aparecida


Rádio Vaticano (RV) – Os significados das músicas que acompanham o espetáculo e o que pensam os autores de 1717 sobre o Papa Francisco.

Estes dois temas fecham a série (1 e 2) de entrevistas com Alexandra Klein e Ricardo Tetzner, da Companhia 2 pontos de Florianópolis.

 “O Papa está se tornando um símbolo de unificação: independente da pessoa ser católica praticante ou não, ele transmite uma paz”, disse Alexandra.

O espetáculo 1717 – que recebeu a chancela do Pontifício Conselho para a Cultura – foi apresentado em Roma no dia 12 de outubro. O repertório é marcado por músicas que representam a cultura popular nas vozes de Maria Bethânia e Caetano Veloso.

“O nosso tema não é religioso: é de cultura popular brasileira, ele tem um viés religioso, assim como tem um viés cultural, artístico, histórico, político, então queríamos que fossem músicas da cultura popular brasileira”, explicou Alexandra.

Já Ricardo conta o porquê da escolha de “O que será”:

“Esta música especificamente ‘O que será’ de Chico Buarque interpretada por Caetano Veloso – para mim eles são muito ‘o que é o brasileiro’ – vem num momento do espetáculo que é ‘destruição e coroação’, porque a imagem em 1978 foi destruída por um esquizofrênico que entrou na antiga igreja. E, sendo destruída, ficou aos pedaços no chão e é uma coisa absurda dentro da iconoclastia da igreja católica destruir a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Mas os caquinhos foram juntados por uma artista plástica do Masp que reconstituiu a imagem e depois de muito tempo ela renasceu. E o Caetano diz: O que será que me dá? Aí, pela liberdade poética, ela entrou nesse momento também como se fossem também as loucuras que, às vezes, a fé ou a falta dela, faz num ser humano: por que entrar e destruir uma imagem?”

(rb--)








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