Cidade do Vaticano (RV) - Celebra-se nesta segunda-feira (21/11), o Dia Mundial da Pesca.
Por ocasião desse dia, realizou-se na sede da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), em Roma, a conferência promovida pela FAO e a Santa Sé sobre o tema “A violação dos direitos humanos no setor da pesca e da pesca ilegal”.
Estavam presentes o diretor-geral da FAO, José Graziano Da Silva, o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, e o Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Cardeal Antônio Maria Vegliò, que leu a mensagem para esse dia.
“Partilho hoje com a Santa Sé a urgência de deter a violação dos direitos humanos no setor da pesca, que oferece sustento a uma pessoa a cada dez no Planeta”, disse Graziano.
O diretor-geral da FAO recordou que “a indústria pesqueira fatura 135 bilhões de dólares por ano dos rendimentos das exportações e que os países em desenvolvimento aumentaram a sua quota em 40 anos de 37% para 60% do volume total do comércio internacional de peixe”.
“Nos últimos anos aumentaram os abusos no setor, direitos negados aos pescadores, trabalho infantil e forçado em grande dos migrantes, objeto de tráfico de seres humanos, até formas de escravidão nos navios e embarcações”, frisou ainda Graziano.
“Devemos proteger a nossa Casa comum de uma extração descontrolada dos recursos pesqueiros e dos métodos prejudiciais da pesca seletiva, mas acima de tudo é preciso “salvar os pescadores vítimas do tráfico e tratamento degradante”, disse o Cardeal Parolin.
“Devemos ir além das razões pelas quais as pessoas procuram os contrabandistas e traficantes. Temos não somente a obrigação moral de dar outras oportunidades às pessoas, mas também a obrigação de dar-lhes outra possibilidade”, sublinhou ainda o Secretário de Estado Vaticano.
“É preciso ouvir as pessoas que todos os dias arriscam suas vidas no mar a fim de que o seu grito desesperado não se perca no fragor das ondas”, disse o Cardeal Vegliò.
Todos os relatores fizeram um apelo a ratificar e depois aplicar os acordos contra a pesca ilegal e a exploração dos trabalhadores do mar.
(MJ)
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