"Terre des Hommes" em defesa dos menores


Roma (RV) - Em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos da Infância, 20 de novembro, o grupo “Terre des Hommes” apresentou na Biblioteca do Senado Giovanni Spadolini, em Roma, o novo dossier "Maus-tratos e abuso de crianças ''. Na ocasião foi exposta uma Pesquisa Nacional sobre as atividades de cinco hospitais italianos: em Piemonte, Lombardia, Veneto, Toscana e Puglia, que deselvolvem ações em favor das crianças que sofrem maus-tratos.

A associação tem evidenciado o quadro de violência contra as crianças, e sublinha a gravidade deste problema de saúde pública. Quem apresentou a pesquisa foi o presidente do Senado, Pietro Grasso, que falou em favor dos defensores da causa nos hospitais.

Conforme a Advogada responsável pelo programa da fundação “Terre des Hommes”, Federica Giannotti, o objetivo da apresentação deste dossiê, que conta com a colaboração de cinco hospitais nas cidades de Turim, Milão, Florença, Pádua e Bari, é chamar a atenção das instituições e da opinião pública, em geral, para o fato de que a violência contra as crianças não pode ser considerada exclusivamente como uma questão que diz respeito à vida social das pessoas, mas deve ser reconhecida como uma patologia real, e portanto como um fenômeno que atinge a esfera da saúde pública.

Giannotti explica que o abuso, em todas as suas formas - mesmo no caso de violência testemunhada, que muitas vezes não é percebida como tal, pode resultar em graves consequências físicas e psicológicas para a criança.

No evento, foi apresentada a rotina dos hospitais que apoiam o projeto em defesa das crianças vítimas de maus-tratos. “Estes maus-tratos afetam todo tipo de criança - de zero a dezoito anos -, os casos mais comuns não são apenas o abuso físico e a negligência, mas também o abuso na utilização de substâncias sedativas para fazer o bebê dormir ou acordar, como drogas, por exemplo, em crianças de zero a dois anos. Queremos mostrar, através das próprias pessoas que trabalham na saúde, como o fenômeno da violência contra as crianças é realmente uma questão de saúde pública e deve ser abordado pelas instituições. Precisamos de médicos treinados, equipamentos adequados, que sejam capazes de fazer um diagnóstico avançado. Avançamos muito na cura de muitas outras doenças. Precisamos deste avanço também com os maus-tratos”, observou.

Os médicos relatam que muitas crianças, vítimas de maus-tratos que chegam aos hospitais, possuem histórico de atendimento. Portanto, se houver uma prevenção, explicam que esses casos podem ser evitados.  

Por fim, Giannoti faz um apelo para que mais hospitais se unam em apoio a esta causa. “O ideal é que cada região tenha o seu centro de atendimento. Para que a partir de hospitais periféricos, possamos enviar os casos para os hospitais de referência. Às instituições, no entanto, pedimos que treinem os médicos de amanhã, inserindo os maus-tratos na Faculdade de Medicina e Cirurgia”, observou. (LV)








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