Buenos Aires (RV) – A capital argentina acolheu nestes dias o Fórum Sul-americano pela Liberdade Religiosa, que tratou dos principais temas ligados à relação entre liberdade religiosa e Estado, com particular referência à educação e às práticas de culto.
Participaram do evento – realizado na sede do Governo argentino - pesquisadores, acadêmicos e líderes religiosos provenientes do Brasil, Uruguai, Chile, Peru, Argentina, Equador, e também da Espanha e Estados Unidos. A organização coube ao Conselho Argentino para a Liberdade Religiosa e à Associação internacional para a liberdade religiosa.
Limitações à liberdade religiosa
O Diretor do Departamento de Assuntos Públicos e Liberdade Religiosa da União Argentina da Igreja Cristã Adventista do Sétimo Dia e membro do Comitê organizador do encontro, Darío Bruno Bruno, explicou à Agência Efe que “é bastante comum pensar que na América do Sul não existam problemas com a liberdade religiosa, pois se tem o direito de reunir-se livremente, de rezar ou de fazer publicações. Mas em diversos países da América do Sul, entre os quais a Argentina – recordou – houve limitações à liberdade religiosa”.
A seu ver, uma destas “limitações” é o tratamento jurídico e econômico diferente entre uma religião e outra.
Ademais, Bruno listou entre os problemas, as dificuldades encontradas por aqueles que professam alguma religião ao observar, por exemplo, o dia de repouso previsto pela própria fé, ou mesmo, certas discriminações sofridas nos lugares de trabalho e no âmbito educacional.
Contribuição das religiões à favor da paz
Os organizadores sublinharam a grande contribuição das religiões em favor da paz e da convivência pacífica entre os homens e entre os povos: “Existem muitos desafios a serem enfrentados. Enquanto a legislação fornece respostas, grande parte do trabalho – acrescentou – diz respeito a cada um de nós. Devemos continuar a focar na educação de nossos filhos e sobre a liberdade, para que a experimentemos como valor fundamental sem o qual se chega a situações de intolerância e discriminação”.
Durante o Fórum, foram aprofundados temas como o papel do Estado em relação à liberdade religiosa, a questão dos refugiados em relação à prática religiosa, a educação escolar, a observância do dia de repouso, o uso de símbolos religiosos nos espaços públicos e o financiamento dos cultos. O fórum tratou também de questões relativas ao diálogo inter-religiosos e ao impacto da fé sobre a política internacional”.
(JE/Osservatore Romano)
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