2016-11-13 11:04:00

Papa aos Agentes da Saúde: combate às doenças raras


O Santo Padre enviou, neste sábado dia 12 de novembro uma Mensagem aos participantes na XXXI Conferência Internacional promovida pelo Pontifício Conselho para os Agentes da Saúde, que se realizou na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, de 10 a 12 deste mês.

Partindo do tema, abordado por peritos qualificados, provenientes de diversos países, “Por uma cultura da saúde acolhedora e solidária a serviço das pessoas acometidas por patologias raras e negligenciadas”, o Papa citou alguns dados da Organização Mundial da Saúde (OMS): são cerca de 400 milhões as pessoas que, no mundo, sofrem de doenças definidas “raras”.

Mas, o cenário das doenças “negligenciadas”, disse Francisco, é bem mais dramático, porque abrangem mais de um bilhão de pessoas. Tais doenças, de natureza infecciosa, são difundidas mais entre as populações pobres do mundo, sobretudo na África e América Latina, onde há escassez de água potável e péssimas condições higiênico-alimentares, sociais e habitacionais.

Trata-se, disse o Pontífice, de um desafio imane em nível global, que, porém, não é impossível enfrentar por todas as realidades humanas, institucionais, inclusive eclesiais.

A este respeito, Francisco apresentou três considerações para contribuir com a reflexão feita pelos participantes nesta XXXI Conferência Internacional.

Primeira consideração: toda pessoa enferma merece ser acolhida, curada e, se possível, sarada. À base de toda iniciativa, deve haver uma vontade livre e corajosa de fazer o bem, para resolver este problema global da saúde, ou seja, a “sabedoria do coração”.

Entre todos aqueles que se dedicam, com generosidade, à assistência e acompanhamento do homem que sofre, está a Igreja, que continua esta verdadeira obra de misericórdia. Estas doenças “raras” e “negligenciadas” tem estreita relação com o ambiente. Eis porque devemos dar absoluta importância e respeito à custódia da Criação, nossa Casa Comum.

A segunda consideração: a prioridade da Igreja deve ser a de estar em “contínua saída” para testemunhar, concretamente, a misericórdia divina entre os marginalizados que vivem na periferia existencial, socioeconômica, sanitária, ambiental e geográfica do mundo.

A terceira e última consideração tem relação com o tema da justiça, ou seja, toda pessoa enferma deve ter acesso à assistência sanitária, independentemente dos fatores socioeconômicos, geográficos e culturais. A razão de tudo isso parte de três princípios fundamentais da Doutrina Social da Igreja: sociável, subsidiário e solidário.

Com base nestes três princípios doutrinais, concluiu o Papa, podem ser individuadas soluções realistas, corajosas, generosas e sociais para enfrentar, com eficácia, a emergência sanitária das doenças “raras” e “negligenciadas”.

(MT)








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