França: oração e jejum pelas vítimas da pedofilia


Paris (RV) - Realiza-se em todas as dioceses da França, nesta segunda-feira (07/11), um dia de oração e jejum pelas vítimas de abuso sexual.

Os bispos franceses reunidos, em Lourdes, na assembleia plenária, irão pedir perdão pelos abusos perpetrados por membros do clero, celebrarão uma missa e serão informados sobre o balanço das medidas que, em abril deste ano, foram tomadas pela Conferência Episcopal Francesa na luta contra a pedofilia. Os jornalistas participarão dessa sessão de trabalho.
 
O Bispo de Puy, Dom Luc Crépy, Presidente da “célula permanente” instituída recentemente pelos bispos franceses a fim de coordenar todas as medidas de luta contra a pedofilia no âmbito diocesano, explicou na entrevista ao jornal católico “La Croix” que o dia de hoje é uma resposta ao convite do Papa Francisco que pediu a todas as Conferências Episcopais do mundo para celebrar este dia numa data a ser escolhida. A Igreja na França escolheu esta segunda-feira.
 
“Parece-me simbólico que os bispos rezem todos juntos fazendo penitência e jejum. Querem pedir perdão a Deus pelos abusos sexuais perpetrados contra menores nas Igrejas por membros do clero, mas também dentro das famílias e instituições. Trata-se de reconhecer publicamente que alguns responsáveis da Igreja são culpados de violações e que houve uma queda na vigilância. É preciso ser capazes de reconhecer as próprias culpas e pedir perdão. Isso leva a reconhecer o sofrimento das vítimas”, frisou.

Em abril, depois de alguns casos de pedofilia que surgiram nas dioceses, o Presidente da Conferência Episcopal Francesa, Dom Georges Pontier, apresentou à imprensa uma série de iniciativas implementadas em prol da vigilância em todo o território. Dentre estas a instituição em cada diocese e província eclesiástica de células locais de vigilância, a realização de um site para as vítimas que lhes permitirá entrar em contato com as células presentes no território e a criação de um e-mail para quem quer fazer uma denúncia ou pedir informações. É intenção dos bispos franceses dar a possibilidade às vítimas de ser acolhidas, ouvidas e acompanhadas”, disse Pe. Pontier, esperando que desta maneira e com estes meios “as vítimas possam entrar facilmente em contato com as pessoas encarregadas”.
 
Esta tarde será apresentado o balanço do trabalho até agora realizado à luz de algumas assinalações recebidas neste período.

(MJ)








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