Polícia sueca garante segurança do Papa

Estocolmo (RV) – O Papa Francisco está na Suécia desde às 10h42min desta segunda-feira, 31 de outubro, para uma viagem histórica. O país, com um dos mais altos índices de desenvolvimento, é considerado seguro. Não obstante isto, foram adotadas rígidas medidas de segurança, tanto para prevenir ameaças internas como ameaças globais.

Rádio Vaticano

O “quartel-general” da Rádio Vaticano está no 1º andar de um Hotel em Malmö, nas proximidade da Estação de trem Triangeln. Na manhã desta segunda-feira, ficamos surpresos quando um grupo de seis policiais suecos postou-se, em duas oportunidades, no corredor diante da porta de entrada de nossa sala. Observaram o espaço, e educadamente, nos saudaram.

Catedral de Lund e Palácio Real

Não se percebe um policiamento intensivo nas Estações de ônibus e trem, mas ao redor do Palácio Real, a pouco mais de cem metros da Catedral de Lund - onde se realizou-se o Encontro Ecumênico de Oração - havia policiais fortemente armados já nos dias que precederam o evento.

Precisamente ali, em questão de pouco mais de uma hora, enquanto participávamos de uma coletiva de imprensa na presença do Arcebispo de Estocolmo Dom Anders Arborelius e da Primaz da Igreja da Suécia, Antjen Jackelen, todo a área foi cercada com divisórias, inclusive visualmente. Percebia-se apenas a presença de carros da polícia.

Segurança

A polícia sueca passou os últimos sete meses preparando-se para a visita papal e oficiais de todos o país foram chamados para reforçar o trabalho das forças de ordem regionais do sul.

O comandante das operações, Mats Karlsson, afirmou que sua equipe preparou-se para uma série de diferentes cenários, incluindo a possibilidade de o Papa Francisco fazer paradas não programadas ao longo de seu trajeto de Lund para Malmö.

Imprevisibilidade favorece segurança

"Tanto quanto nós entendemos até agora, ele é um pouco imprevisível", disse Karlsson, mas acrescentou que a incerteza também pode trabalhar a favor da segurança. "Isso torna as coisas mais difíceis para um criminoso, porque ninguém sabe onde ele vai querer parar o carro e sair".

"Fazemos análises de risco, nós atravessamos os locais para avaliar a vulnerabilidade, as ameaças possíveis, todo o espectro de possibilidade. E nós estamos trabalhando para reduzir aqueles riscos que podem ser reduzidos".

A última vez que a Suécia teve a visita de um Pontífice foi quando João Paulo II celebrou uma missa para 16.000 pessoas no Globe Arena de Estocolmo, em 1989.

De Malmö, Suécia, Jackson Erpen