Bispo caldeu agradece AIS por iniciativa em favor de cristãos perseguidos


Roma (RV) - “Apesar da constante difusão de informações, na Europa e em outros lugares, falta um apoio consistente em favor das minorias perseguidas e discriminadas”: foi o que disse num colóquio com a Fundação pontifícia “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS) o bispo de Zakho e Amadya dos Caldeus, no Curdistão iraquiano, Dom Rabban Al-Qas. Por esse motivo, “aprecio as iniciativas da Fundação pontifícia”, acrescentou.

Em abril passado, em Roma, a “Fontana de Trevi” (um dos monumentos-símbolo da capital italiana) foi iluminada de vermelho para recordar o sangue dos cristãos perseguidos. No próximo mês de novembro também a Catedral de Westminster, em Londres, se revestirá de luz vermelha com a mesma finalidade.

“Alegro-me com a iniciativa do próximo sábado (29/10): fiquei sabendo que no edifício ‘Pirellone’ de Milão aparecerá a escrita ‘Help Christians’. Ninguém poderá ignorar uma grande inscrição luminosa no alto de um edifício numa grande cidade europeia. Os cristãos iraquianos estão contentes com isso!”, comentou Dom Al-Qas.

Inscrição 'Help Christians' denunciará perseguição anticristã

A inscrição luminosa no ‘Pirellone’ de Milão denunciará durante os trabalhos de um Simpósio internacional organizado por “Ajuda à Igreja que Sofre”, região italiana da Lombardia e a redação de “Os Olhos da Guerra”, a perseguição anticristã.

“Somos gratos a todos os organizadores: o empenho das Instituições e da mídia é fundamental. Para vencer a rede do terror e da perseguição é preciso uma rede composta por realidades internacionais como AIS, Instituições e mídia”, disse ainda o bispo de Zakho e Amadya.

“O ataque que os militares do exército do governo de Bagdá e os peshmergas curdos desfecharam em Mosul – reduto no Iraque do autodenominado Estado Islâmico –  é para nós fonte de renovada esperança”, continuou o prelado.

Apesar de tudo, prevalece a esperança

“Nossas casas e nossas igrejas são mais uma vez terreno de confrontos, e isso nos aflige, mas, apesar disso, prevalece a esperança. Essa feroz organização terrorista pode sofrer uma derrota letal, e isso alimenta a esperança de que inteiras comunidades, cristãs, xiitas, yazdis, possam voltar a viver nas terras das quais foram expulsas em 2014.”

Contudo, Dom Al-Qas não se deixa iludir: “Quando Mosul for definitivamente libertada a esperança deverá confrontar-se com a realidade: novas tensões em vista de quem deverá governar uma cidade totalmente diferente da que foi deixada para trás em 2014, relações sociais dificilmente sanáveis...”

Esperança com os pés no chão

“Por exemplo, é perceptível entre as famílias cristãs em Irbil ou em Dahok a dor profunda pela traição dos vizinhos de casa, muçulmanos sunitas que, inicialmente, acolheram favoravelmente os homens do Califado. Será difícil, a curto prazo, garantir uma convivência pacífica.”

“Portanto, esperança com os pés no chão. Os iraquianos não devem iludir-se de que no dia seguinte tudo estará resolvido”, concluiu o bispo. (RL)








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