2016-10-17 11:48:00

África do Sul. Confrontos entre polícia e estudantes: ferido um jesuíta


"O que os estudantes querem é maior igualdade no acesso à universidade. Nós apoiamos este pedido. Mas não justificamos a violência, os saques e a destruição da propriedade por parte dos estudantes e o uso da força por parte da polícia e do exército", afirma um comunicado assinado em nome da Conferência Episcopal da África do Sul por D. William Slattery, Arcebispo de Pretória, depois dos incidentes de 10 de Outubro entre a polícia e os estudantes que protestavam pelas altas taxas universitárias.

Ferido um sacerdote jesuíta
Nos incidentes da Universidade de Braamfontein – informa a agência Fides - foi ferido um sacerdote jesuíta, padre Graham Pugin. "Padre Graham foi atingido directamente  no rosto por uma bala de borracha enquanto estava a oferecer  refúgio aos alunos aterrorizados", disse D. Slattery. O facto teve lugar na Igreja da Santíssima Trindade em Braamfontein, conforme relatou num comunicado à Agência Fides o Padre David Rowan, Superior dos Jesuítas na África do Sul.

A igreja do Padre Graham foi o palco das negociações
"Padre Graham foi um dos facilitadores, juntamente com outros sacerdotes e ex-líderes estudantis, para chegar a um acordo entre os estudantes, a Direcção e outras autoridades na Universidade de Witwatersrand. A igreja da Santíssima Trindade em Braamfontein serviu como um espaço sagrado e seguro para as negociações, e esperamos que continuará a ser assim", afirma o Padre Rowan.

O balanço dos confrontos é de 20 feridos e 15 pessoas presas
"Nós pensamos que, nesta fase, é pouco aquilo que as autoridades da universidade podem fazer. Na verdade, geralmente se têm mostrado compreensivas para com os pedidos dos estudantes", diz D. Slattery. "Mas as soluções exigidas pelos estudantes no momento excedem as capacidades financeiras e organizativas das autoridades universitárias. Por outro lado, devem permanecer na nossa agenda como prioridades para o futuro", sublinha o arcebispo de Pretória.

D. Slattery pede para que se chegue a um compromisso
"Cabe ao governo garantir que o ano académico será completado em paz. O governo e os estudantes devem agora aliviar as suas dificuldades. Deve-se tomar em  consideração um compromisso, porque não se podem encontrar neste momento os enormes recursos necessários para um ensino universitário gratuito", conclui D. Slattery. (BS)








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