Bispos europeus condenam perseguições anticristãs no mundo


Cidade do Mônaco (RV) - Movidos por uma preocupação pastoral, pedimos ao governo dos povos e das nações, a nível nacional e internacional, que atuem no sentido de garantir a dignidade e integridade das pessoas e das comunidades, especialmente as mais vulneráveis.

É o que pedem os bispos presidentes das Conferências Episcopais da Europa, reunidos estes dias no Principado de Mônaco (6 a 9 de outubro) para a sua Assembleia anual.

Tendo abordado a dramática urgência dos fenômenos de perseguição de muitos cristãos, em crescimento em várias partes do mundo, os bispos europeus expressam com veemência a sua firme condenação a estes eventos que espezinham os direitos do homem e, em particular, a liberdade religiosa.

“São manifestações de uma violência irracional alimentada, muitas vezes, por uma evocação a motivações religiosas que constituem um abuso e uma afronta ao próprio Nome de Deus”, lê-se na mensagem final da plenária do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE).

Fazemos tesouro do iluminado magistério do Papa Francisco que, em reiteradas ocasiões, denunciou a injusta referência a Deus na prática da violência, ressaltada também na declaração conjunta entre o Papa e o Patriarca Kirill (12 de fevereiro de 2016), que examinamos em nossos trabalhos.

Laicidade sadia implica reconhecimento do justo valor da religião

Quando são autênticas, as religiões buscam ser sempre fator de crescimento humano e desenvolvimento integral. Nessa perspectiva – continuam os bispos –, “fazemos votos de que também na Europa, onde múltiplos sinais socioculturais vão na direção de atribuir ao cristianismo um papel marginal mediante práticas discriminatórias, de considerar atentamente que uma sã laicidade implica o reconhecimento do justo valor da religião na sociedade e na vida dos povos”.

Os prelados afirmam que tirar ou negar cidadania ao Deus de Jesus Cristo não é garantia de desenvolvimento, mas está na origem daquele empobrecimento espiritual e moral que caracteriza nossos tempos e que, com o passar do tempo, gera também empobrecimento social, econômico e cultural.

Proximidade aos cristãos que sofrem marginalização e discriminação

Por fim, os bispos europeus expressam sua proximidade “às irmãs e aos irmãos cristãos que sofrem marginalização e discriminação”. De modo particular, manifestam proximidade àqueles que são perseguidos. “Não nos calaremos e, sobretudo, não os abandonaremos”, asseguram.

Com o pensamento voltado para aqueles que morreram confessando sua fé em Cristo, os prelados recordam o valor luminoso do testemunho deles.

“No Ano da Misericórdia – concluem –, saibamos que nossa esperança está radicada na pessoa de Jesus Cristo, Evangelho de perdão e paz que anunciamos com alegria a todos os povos do continente.”

Durante a Assembleia plenária os presidentes das Conferências Episcopais do Velho Continente elegeram a nova Presidência do CCEE para o quinquênio 2016-2021.

Cardeal Angelo Bagnasco é o novo presidente do CCEE

Para o encargo de presidente foi eleito o arcebispo de Gênova e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Angelo Bagnasco; para vice-presidentes, o arcebispo de Westminster e presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, Cardeal Vincent Nichols, e o arcebispo de Poznań e presidente da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Stanisław Gądecki.

A próxima Assembleia plenária vai se realizar em Mińsk, na República de Balarus, de 28 de setembro a 1º de outubro de 2017, a convite do arcebispo local e presidente da Conferência Episcopal Bielo-russa, Dom Tadeusz Kondrusiewicz. (RL)








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