Bispos do Gabão: apelo do Papa acolhido com alegria no país


Roma (RV) - “O apelo do Santo Padre em prol do Gabão foi acolhido com grande alegria pela população local”, disse à agência Fides Dom Euzébius Chinekezy Ogbonna Managwu, Bispo de Port Gentil, que se encontra em Roma para um Seminário de Estudo para os bispos de recente nomeação em territórios de missão, organizado pela Congregação para a Evangelização dos Povos.

O povo do Gabão: o Papa não nos faz sentir abandonados

“Recebi várias telefonemas do Gabão de pessoas entusiasmadas pelas palavras do Papa Francisco. Eles dizem que “o Papa reza por nós, e assim não nos sentimos abandonados”. É um grande incentivo para todos nós a continuarmos a rezar pelo nosso país e não perdermos a esperança num futuro melhor”, declarou o bispo. Na conclusão do Angelus no domingo último, o Papa Francisco disse: “Queridos irmãos e irmãs, gostaria de convidar para uma oração especial pelo Gabão, que está passando por um momento de grave crise política. Confio ao Senhor as vítimas dos confrontos e os seus familiares. Uno-me aos Bispos daquele querido país africano para convidar as partes a rejeitarem toda violência e a terem sempre como objetivo o bem comum. Encorajo todos, em especial os católicos, a serem construtores de paz no respeito da legalidade, no diálogo e na fraternidade”.

Novo apelo dos bispos pela calma e oração

Os bispos após a mensagem de 2 de setembro assinada por Dom Basile Mve Engone, Arcebispo de Libreville, no dia 10 de setembro lançaram um novo apelo à calma e à oração, mas ao mesmo tempo pediram a todos os responsáveis políticos que  “façam de tudo para que a verdade que saiu das urnas, e objetivamente verificável, seja respeitada por todos. Assim se evitará a explosão de violência com a perda de vidas humanas e destruição de bens públicos e privados. Sem esse respeito, a que serve organizar eleições e participar delas?”.

No país voltou acalma

“No momento, a situação esta calma, mas se vive na tensão da espera da decisão do Tribunal Constitucional sobre a confirmação ou não da vitória do atual presidente Ali Bongo Ondimba contra o seu opositor Jean Ping nas eleições de 27 de agosto” disse à agência Fides Dom Managwu. No plano econômico o Gabão, um dos principais produtores de petróleo africanos, sofre as consequências da queda acentuada nos preços do petróleo bruto.

Grande parte da população vive abaixo da linha de pobreza

“A minha diocese, Port Gentil é a capital econômica do país”, afirmou Dom Managwu. “No entanto, grande parte da população vive abaixo da linha da pobreza. O Estado está fazendo cortes na administração pública devido à redução das receitas do petróleo. Eu digo aos jovens:  voltem à terra, pelo menos assim vamos ter algo para comer. Na verdade, o Gabão tem tanta terra fértil abandonada porque se preferiu importar alimentos, quando o preço do petróleo estava elevado. Mas agora temos de aprender a nos tornarmos autossuficientes na produção de alimentos”, concluiu o bispo. (SP) 








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