UNICEF: 10 milhões de crianças refugiadas


Nova Iorque (RV) - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) publicou nesta quarta-feira (07/9), em Nova Iorque, o Relatório anual sobre “as crianças migrantes e refugiadas”.

Hoje, no mundo, são cerca de 50 milhões de crianças deslocadas, das quais 28 milhões são obrigadas a deixar suas casas e até suas famílias, e forçadas a fugir dos seus países por causa dos conflitos; milhões delas se deslocam na esperança de encontrar um futuro melhor e uma vida mais digna.

São 10 milhões as crianças refugiadas, 1 milhão que pede asilo político, cerca de 17 milhões sem-teto na própria terra. Todas essas crianças têm urgente necessidade de assistência humanitária e acesso aos serviços básicos.

Exclusão

Ao nascerem, as oportunidades dos menores pobres e excluídos são frequentemente moldadas por iniquidades. As discriminações contra suas comunidades e famílias determinam se devem viver ou morrer, se estudar ou não e se ter uma vida digna. Conflitos, crises e desastres climáticos pioram as suas situações e privações e diminuem seu potencial.

O Relatório do UNICEF descreve os imensos progressos feitos no mundo quanto à redução das mortes infantis, a frequência escolar e diminuição de milhões da pobreza. Muitas das intervenções deste progresso – como vacinas, sais de reidratação oral e melhor nutrição – têm sido práticas e baratas. A expansão de tecnologias digitais e móveis, entre outras inovações, tornou mais fácil fornecer serviços essenciais a comunidades de crianças e famílias, que correm grande risco.

Antes de atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em 2030, cerca de 70 milhões de crianças poderão morrer antes do seu quinto ano, como as da África do Sul e Saara, onde nove, entre dez crianças, vivem em pobreza extrema, não frequentam a escola, sem contar as cerca de 750 milhões de crianças que se casarão antes da maioridade.

Mudança

O Relatório anual termina citando cinco modos de fortalecer nosso trabalho em prol das crianças no mundo: dar mais informações sobre as excluídas; integrar os esforços, em vários setores, para enfrentar as privações que as prejudicam; inovar e acelerar o processo de mudança das crianças e famílias excluídas; investir em equidade e encontrar novas maneiras de financiar e promover as mais desfavorecidas; e, enfim, envolver todos, a começar pelas próprias comunidades, as empresas, as organizações e os cidadãos que acreditam na melhoria do destino de milhões de crianças.

A iniquidade não é inevitável – afirma por fim o UNICEF – ; a desigualdade é uma escolha. Promover a equidade entre as crianças também é uma escolha, que podemos e devemos fazer, para o seu futuro e o do mundo.

O UNICEF é um órgão das Nações Unidas que tem como objetivo promover a defesa dos direitos das crianças, ajudar a dar resposta às suas necessidades e contribuir para o seu desenvolvimento; trabalha para que seus direitos se convertam em princípios éticos permanentes e em códigos de conduta internacionais.

(MT)








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