Primaz irlandês: três semanas de oração pelos agentes da misericórdia


Armagh (RV) - O arcebispo de Armagh e Primaz de toda a Irlanda, Eamon Martin, convidou os fiéis irlandeses a fazer três semanas de oração para agradecer a todos aqueles que colocam em prática as obras de misericórdia espirituais e corporais, seguindo o exemplo de Madre Teresa de Calcutá.

O convite foi feito durante a missa em ação de graças celebrada este domingo (04/09) pela canonização da fundadora das Missionárias da Caridade.

Uma missa de agradecimento por todos os agentes da misericórdia

“Poderia ser uma pessoa próxima de vocês, uma avó, um assistente, um vizinho que assiste silenciosamente a um doente, também uma enfermeira, um médico, um professor que vai além da sua obrigação para ajudar a alguém que, do contrário, seria esquecido”, disse o Primaz irlandês na homilia, anunciando que no próximo dia 24, Festa de Nossa Senhora das Mercês, celebrará na catedral uma missa especial em ação de graças dedicada a todas essas pessoas que, como Madre Teresa, “fazem algo de belo para Deus”.

Tornar-se, como Madre Teresa, “um pequeno lápis nas mãos de Deus”

“Fazer algo de belo para Deus” é propriamente um dos três caminhos indicados por Madre Teresa para “ser misericórdia no mundo de hoje”, ressaltou Dom Martin.

Efetivamente, o ser misericordiosos tem início no “desejo de ser uma pessoa melhor e no oferecer nossos dons e talentos a Deus que por primeiro nos amou”. Madre Teresa convida-nos a entregar-nos totalmente à vontade de Deus, tornando-nos, como ela mesma se definia, “um pequeno lápis em Suas mãos”, prosseguiu o arcebispo.

“Para ser misericordiosos é preciso permitir a Deus realizar em nós o milagre da misericórdia sem criar obstáculos para aquilo que Ele quer de nós”, acrescentou.

Ver o rosto de Cristo em todos aqueles que sofrem no mundo

“Em terceiro lugar, Madre Teresa foi capaz de ver o rosto de Jesus naqueles aos quais levava o amor e a misericórdia de Deus: nos pobres entre os pobres, nos doentes de Aids, nas pessoas desfiguradas pela enfermidade, nos abandonados e naqueles que morriam de fome”, independentemente de qual fosse a religião deles.

“Ela nos ensina que quando ‘fazemos misericórdia’, se nos abre uma janela através da qual podemos ver o rosto de Cristo em todos aqueles que sofrem no mundo”, frisou.

Agradecimento às Missionárias da Caridade presentes em Armagh

Ainda na homilia, Dom Martin expressou sua gratidão pessoal às Missionárias da Caridade presentes em Armagh desde 1996, recordando as numerosas obras caritativas realizadas pelas religiosas na Arquidiocese, com a contribuição de muitos voluntários leigos. (RL)








All the contents on this site are copyrighted ©.