UNICEF: 18 milhões de crianças fora da escola


Cidade do Vaticano (RV) – Os países mais pobres do mundo também apresentam as maiores taxas de exclusão escolar. A Libéria, por exemplo, tem o mais alto índice de crianças fora da escola.  Segundo números revelados pelo UNICEF, aproximadamente 18 milhões de crianças estão fora da escola nos 10 países com as mais altas taxas de exclusão do ensino básico.

O segundo país com uma porcentagem alta de exclusão escolar é o Sudão do Sul, com apenas 1 escola em funcionamento  e outras 3 fechadas por causa dos conflitos.

Dados que assustam

O Afeganistão (46%), Sudão (45%), Níger (38%) e Nigéria (34%) também estão entre os países com as mais altas taxas de exclusão no ensino fundamental: isso significa que a emergência humanitária está atingindo também as crianças, mantendo-as fora do ambiente escolar.

Mesmo que a Síria não esteja entre os 10 países, o país tem  2,1 milhões de crianças que não vão à escola e outras 600 mil crianças que vivem como refugiados também exclusos do ensino básico.

O UNICEF teme que, sem estudo, uma inteira geração de crianças que vive em países atingidos por conflitos, desastres naturais e pobreza extrema crescerá sem as competências necessárias para contribuir com o desenvolvimento de seus países, agravando a situação de milhões de famílias.

Investimento

O ensino continua a ser  um dos setores menos financiados na questão humanitária. Em 2015, as agências humanitárias receberam somente 31% dos fundos necessários para o financiamento de ensino comparado com os 66% de 10 anos atrás. Mesmo com um aumento de 126% dos requisitos para o Ensino desde 2005, os financiamentos mundiais aumentaram apenas 4%.

“Nos países atingidos pelos conflitos, a escola prepara as crianças com conhecimento e competências necessárias para enfrentar os traumas. As escolas podem também proteger as crianças dos traumas e perigos que as rodeiam. Quando as crianças não vão à escola, têm mais possibilidades de sofrer abusos, exploração e recrutamento pelos grupos armados”, explicou Jo Bourne, responsável pelo Ensino no UNICEF.

(VM) 








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