2016-08-23 15:12:00

Federação dos Bispos da Oceânia: salvaguardar a Criação


Port Moresby - O Comité Executivo da Federação das Conferências Episcopais Católicas da Oceânia reuniu-se estes dias em Port Moresby, capital de Papua Nova Guiné, para o seu encontro anual. No centro dos trabalhos, a salvaguarda da Criação, na ótica de um mundo visto “não como um mercado global, mas como uma casa universal”.

 

 “Um uso responsável do ambiente e dos recursos é um dever e uma tarefa para todos”, afirmam os bispos evocando também a necessidade de um desenvolvimento sustentável para as famílias, o turismo, a agricultura e a pesca. Para este último setor, em particular, os bispos pedem às autoridades que não permitam a sociedades estrangeiras praticar na Oceânia atividades “ilegais em seus países”, porque “o mar é um tesouro para todos e jamais deve tornar-se um ‘um parque de diversões’ para a exploração”.

 

Em seguida, o encontro reservou uma atenção particular para as populações da Papua Ocidental, que há anos aspiram a independência, em conflito com as autoridades indonésias.

“Elas buscam aquilo que busca toda a família e cultura: o respeito pela dignidade pessoal e comunitária”, ressaltam os bispos.

O problema da marginalização dessas populações remonta aos anos que vão de 1965 a 1998, sob a ditadura do presidente indonésio Suharto, durante a qual o reposicionamento das populações mais pobres era feito com o objetivo de acalmar eventuais ventos independentistas da região.

 

Por fim, olhando para a repercussão, a nível internacional, da investigação feita pelo diário britânico “The Guardian”, que revelou abusos e violências perpetradas nos campos de refugiados de Nauru, os prelados da Oceânia afirmam: “A insensibilidade jamais pode ser uma resposta apropriada para uma tragédia humana. Temos confiança de que as autoridades australianas ajam rapidamente no sentido de implementar um plano humanitário para a reabilitação” dos refugiados.

 








All the contents on this site are copyrighted ©.