Bissau: Comunidade Internacional procura ajudar a Guiné a sair da crise

A Comunidade Internacional na Guiné-Bissau (UNIOGBIS, CEDEAO, CPLP, União Africana e União Europeia) promoveram encontros com os Partidos PAIGC, PRS, o grupo dos 15 Deputados dissidentes do PAIGC e Chefes Religiosos para encontrar uma saída para a crise política que assola o País. Na base desta crise estão as exonerações dos governos do PAIGC, vencedor das últimas legislativas.

O partido maioritário no Parlamento, o PAIGC, na voz do seu 1º Vice-Presidente, Carlos Correia disse que estão dispostos a desbloquear a situação desde que se cumpram nove pontos de da proposta, como por exemplo: uma negociação dentro da legalidade democrática e constitucional, devolver o poder ao PAIGC para formar um novo Governo, exoneração do Procurador-geral da República e que a ECOMIB força de estabilização da CEDEAO proteja as instituições e pessoas.

O grupo dos 15 deputados dissidentes do PAIGC, Rui Diã de Sousa foi quem falou e apontou a aprovação do Programa e do Orçamento Geral do Estado como 1º passo para a resolução da crise.

O grupo insiste que o Presidente da República segundo a Constituição "pode neste caso de situação de crise convocar uma sessão extraordinária para discutir o programa e o orçamento geral do estado".

Entretanto, o PAIGC, através de um Comunicado de Imprensa, manifesta disposição e "negociar com quem quer que seja para viabilizar a solução para o País, desde que a negociação assenta na base da legalidade democrática e no respeito pela Constituição":

O Partido vencedor das eleições felicitou os esforços da Comunidade Internacional e do Presidente da ANP para a saída da crise.

Na nota, o PAIGC disse que já enviou um convite ao PRS para encetar conversações sérias, transparentes e patrióticas, de forma a encontrar soluções que pa ultrapassar aquilo que definiu de “grave crise que assola o País”.

Ex-Secretário de Estado preso

Entrtanto, o ex-Secretário de Estado dos Transportes do Governo do PAIGC, João Bernardo Vieira, se encontra  desde a passada quarta-feira por não comparecer a uma audição solicitada quando se encontrava fora do País em missão do Partido. O prazo de detenção já ultrapassou os 48 horas previstos pela lei. O advogado de defesa, Carlos Pinto Pereira, apresentou sexta-feira com um pedido de Habeas Corpo.

Indira Correia Baldé, em Bissau