2016-08-16 14:25:00

Encontro “Mediterrâneo: um Mar, duas Pontes” - mensagem do Papa


Por ocasião do encontro internacional sobre o tema “Mediterrâneo, um Mar, Duas pontes”,  a decorrer em Santa Maria di Leuca, no sudeste da Itália, o Papa Francisco dirigiu uma saudação  aos participantes. O Pontífice exprime o desejo de que esta significativa manifestação que envolve jovens provenientes de várias nações, suscite um renovado empenho no favorecimento de uma cultura de acolhimento e de solidariedade, promovendo deste modo a paz e a fraternidade entre os povos. O Papa encoraja os participantes a considerarem  a presença de tantos irmãos e irmãs migrantes uma oportunidade de crescimento humano, de encontro e de diálogo entre o Evangelho e a caridade.

E no passado dia 14 foi difundido um comento destinado a relançar o sonho do mediterrâneo como “Arca de Paz” e lugar onde construir pontes de solidariedade.

Em entrevista à Rádio Vaticano, D. Vito Angiuli, Bispo de Santa Maria di Leuca, disse que se trata de uma iniciativa que se insere nas actividades da Fundação Parco Cultural Eclesial, uma iniciativa estimulada pelo Departamento da Conferência Episcopal Italiana para o turismo e assente na ideia de criar no sul da Itália, essa terra ponte entre culturas, um momento de diálogo, de encontro e de paralelismo entre culturas, religiões e sensibilidades diversas.

O documento, ou Carta de Leuca intitulado “O Mediterrâneo, um mar de duas pontes”, quer precisamente – explicou o bispo – fazer com que essa realidade geográfica torne a ser uma ponte natural entre a Europa e o mundo mediterrâneo, tendo em conta os novos cenários que a estão a caracterizar: os problemas, os conflitos que têm no centro o Mar Mediterrâneo e, obviamente, em relação a tudo aquilo que o Papa Francisco tem vindo a preconizar desde o início do seu pontificado.

D. Vito Angiuli disse ainda que para que a Carta de Leuca ajude realmente a sensibilizar os governos e a opinião pública em relação às questões de acolhimento e de solidariedade, contam sobretudo com a educação dos jovens. Com efeito, nestes dias do encontro têm as chamadas “mesas da convivialidade”, isto é lugares onde cerca de 140 jovens se encontram para dialogar e debater diversos temas. Depois, eles próprios levarão a mensagem aos seus países.

Explicando que esta é a primeira iniciativa que fazem, D. Viti exprimiu o desejo de que venha a repetir-se de forma a ampliar-se e criar condições favoráveis para uma mudança das realidades políticas.

A iniciativa é da Diocese e da Fundação, mas nela participam também organismos como a FOCSIV, Federação de ONG’s católicas italianas, Pax Chirsti e a Comunidade de Santo Egídio.

A Carta inspira-se na linha de actuação de D. Tonino Bello, um bispo do Sul da Itália, falecido em 1993 (está em curso a causa de beatificação) e que era famoso pelo seu desapego ao poder e pela sua atenção aos deserdados da sociedade. Ele tinha uma percepção dessa terra como propensa ao diálogo e à paz. D. Viti refere que na esteira de D. Tonino, querem promover o diálogo e a cultura da recusa da guerra.

(DA) 








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