Crianças refugiadas cantam na cerimônia da Trégua Olímpica


Rio de Janeiro (RV) – O Coral Infantil Coração Jolie, formado por 26 crianças refugiadas que vivem no Brasil, participa segunda-feira (07/08) da cerimônia oficial da Trégua Olímpica, na Vila dos Atletas dos Jogos Rio 2016. O coral é mantido pela organização não-governamental IKMR (I Know My Rights), com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no Brasil.

Crianças de 7 nacionalidades

A cerimônia da Trégua Olímpica está marcada para às 11h15, na área internacional da Vila dos Atletas, também conhecida como Plaza. O coral, composto por crianças de sete diferentes nacionalidades, faz sua apresentação para uma plateia seleta, que inclui os presidentes do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman, a prefeita da Vila dos Atletas, Janeth Arcain, e de representantes da Prefeitura do Rio de Janeiro, do governo brasileiro e dos atletas que disputam os Jogos Rio 2016. Também estará presente a Representante do ACNUR no Brasil, Isabel Marquez.

Durante a cerimônia, será inaugurado um mural no qual os convidados – e os frequentadores da Vila, posteriormente – poderão deixar suas assinaturas e mensagens de apoio à Trégua Olímpica.

COI encoraja soluções pacíficas para conflitos

A tradição da Trégua Olímpica remonta o século IX AC, na Grécia Antiga, quando um tratado foi assinado entre três reis para permitir que atletas, artistas e suas famílias pudessem viajar em segurança para assistir os Jogos Olímpicos e retornar aos seus locais de origem.

Considerando o atual contexto mundial, o Comitê Olímpico Internacional tem mantido esta tradição para proteger os interesses dos atletas e do esporte e também para encorajar a busca de soluções pacíficas e diplomáticas para os diferentes conflitos ao redor do mundo.

A Trégua Olímpica deste ano foi aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em outubro de 2015 e foi apoiada por 180 dos 193 países membros da ONU. Durante esta sessão da Assembleia Geral, o presidente do COI, Thomas Bach, lembrou da importância da Trégua em promover a paz, a tolerância e o entendimento entre os povos e no mundo esportivo. Ele informou ainda que o COI estava considerando a criação de uma equipe de atletas composta exclusivamente por refugiados, o que se concretizou na Rio 2016.

Atletas refugiados concorrem em quatro disciplinas

Nestes jogos, pela primeira vez na história, uma equipe composta por 10 atletas refugiados participará das Olimpíadas. Os atletas já se encontram no Brasil e disputarão os jogos em quatro diferentes esportes: natação, judô, atletismo e maratona. Os atletas são refugiados da Síria, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Etiópia. Assim como as crianças do Coral Infantil Coração Jolie, eles foram forçados a deixar seus países de origem por causa de guerras e perseguições para buscar proteção em outros países. Os atletas congoleses da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados vivem no Brasil.

(ACNUR/CM)








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