Card. Dziwisz: Que a JMJ seja um sinal de paz e de unidade para o mundo


Cracóvia (RV) – Aumenta o entusiasmo em Cracóvia, literalmente tomada por uma multidão de jovens vindos de todas  as partes do mundo. O Cardeal Arcebispo Stanislaw Dziwisz, que presidiu na tarde desta terça-feira a missa de abertura do megaevento, deseja que a JMJ seja um grande sinal de unidade e de paz para o mundo. Eis o que declarou à Rádio Vaticano: (AG)

“É uma grande alegria. Os jovens responderam positivamente ao convite do Papa Francisco de vir à Cracóvia, na Polônia. Pela primeira vez, talvez, virão pessoas de todos os países do mundo, países que sequer sabemos o nome. Mas vieram, pela primeira vez, de todo o mundo. Recordemos que há 25 anos, em Czestochowa, pela primeira vez, vieram os jovens do leste: eram 200 mil da Rússia, Ucrânia. Pela primeira vez este encontro em Czestochowa era a nível internacional. Agora ainda mais. O que buscam os jovens? Buscam estar juntos, compartilhar a mesma fé, a alegria e querem rezar muito. Isto é interessante: juntos, querem rezar na base da fé comum, da alegria e da alegria de serem cristãos”.

RV: Muitos dizem que esta é a JMJ dos dois Papas. Obviamente do Papa Francisco que convocou os jovens de todo o mundo aqui, mas também de São João Paulo II. É muito tocante ver que em qualquer esquina de uma rua por onde se anda existe uma imagem, uma recordação de Karol Wojtyla. O que representa para eles ver esta JMJ que tem um Papa aqui e um que do Céu abençoa estes jovens?

“Nas fotografias não está o Papa Francisco, porque ele não deseja isto, assim como nas medalhas. O Papa João Paulo II não pode proibir isto. Não pode! Mas queremos mostrar dois grandes Apóstolos da Misericórdia, porque nenhum sabia que precisamente estes dias cairiam precisamente no Ano da Misericórdia. Assim, também ao longo das ruas, existe a imagem dos Apóstolos: Faustina e João Paulo II”.

RV: O senhor se referiu há pouco à JMJ de Czestochowa, onde pela primeira vez os jovens de um mundo que era separado puderam finalmente unir-se aos jovens da outra parte do mundo. Também hoje o mundo vive tantas divisões, também a Europa nos últimos meses vive momentos de terror e de violência. Precisamente neste momento, que sinal a JMJ pode dar ao mundo?

“Eu espero que possa ser um grande sinal que parte dos jovens, unidos; dos jovens que querem a paz e que vivem com grande solidariedade e simpatia. Penso que disto deva partir um grito pela paz e a boa convivência entre os povos e as nações. É interessante: antes da II Guerra Mundial Jesus Cristo apareceu para a Irmã Faustina dizendo que o mundo não teria paz se não se voltasse para a Misericórdia. Agora, de novo, esta devoção cresce em todo o mundo. De que modo o Senhor gostaria de mostrar o caminho? Querem a paz? Voltem-se para a Misericórdia. O nosso desejo para cumprir a vontade de Jesus é dar à juventude este fogo da Misericórdia, isto é, o fogo da paz e da coexistência pacífica entre os povos e nações”.

RV: Sempre se pergunta o que o Papa, os que os bispos oferecem aos jovens. O que o senhor pensa, por outro lado, que os jovens, também nesta JMJ, darão à Igreja, também ao Papa, ao senhor, aos pastores de todo o mundo que estão aqui e os acompanham? Diz-se até mesmo que nunca, depois do Concílio Vaticano II, houve um evento que pode reunir um número tão grande de bispos...

“Espero um despertar na Igreja. A Igreja, sobretudo nos diversos países, deve despertar, porque da parte dos jovens chega o clamor. Nós queremos uma Igreja autêntica, pobre, e um grito para voltar à autenticidade da Igreja dos primeiros séculos”.

(JE/AG)








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