Acordo Santa Sé - França: Igreja Trinità dei Monti confiada à Comunidade Emanuel


Cidade do Vaticano (RV) –  A Santa Sé e a República da França assinaram na manhã desta segunda-feira (25/07), no Palácio Apostólico, um acordo relativo à Igreja e ao Convento da 'Trinità dei Monti' in Urbe, que será assumido pela ‘Communauté de l’Emmanuel’.

O Acordo, baseado em Convenções Diplomáticas assinadas precedentemente - 14 de maio e de 8 de setembro de 1828, 14 de maio de 1974,  21 de janeiro de 1999 e 12 de julho de 2005 - foi assinado pelo Secretário para as Relações com os Estados, Arcebispo Dom Paul Gallagher, e pelo Embaixador da França junto à Santa Sé, Philippe Zeller.

Recordando o caráter francês do complexo da Trinitá dei Monti, o presente Acordo internacional expressa o reconhecimento pela obra realizada pela Ordem dos Mínimos, do século XVI ao XVII, pela Sociedade do Sagrado Coração de Jesus a partir do século XIX até 2006 e pela Fraternité monastique des Frères de Jérusalem e pela Fraternité monastique des Sœurs de Jérusalem, de 2006 até hoje.

Um comunicado oficial afirma que, “levando em consideração a impossibilidade para a referida Fraternidade monástica de continuar tal missão, a Igreja e o Convento da 'Trinità dei Monti' serão confiados, a partir de 1º de setembro de 2016, à  Communauté de l’Emmanuel, Associação pública internacional de fiéis de direito pontifício, fundada na França em 1972”.

Em seu discurso, o Secretário para as Relações com os Estados sublinhou como também nesta tratativa tenha se verificado uma intensa e eficaz colaboração entre a França e a Santa Sé. Com este novo compromisso – observou Dom Gallagher - a Communauté de l’Emmanuel “responde ao chamado de contribuir à missão evangelizadora da Igreja”.

O acordo assinado – reiterou por sua vez o Embaixador Zeller – marca  “um novo testemunho” da “antiga e forte relação entre a França e a Santa Sé”.

A história da 'Trinitá dei Monti' – explicou – é “a flor dos olhos” das relações entre a França e a Santa Sé, cuja presença remonta ao século XV.

Foi precisamente Carlos VII da França que adquiriu o terreno para a Ordem dos Mínimos que administrou todo o complexo até o século XVIII. A gestão passou mais tarde para a Sociedade do Sagrado Coração de Jesus do século XIX até 2006, e por fim – recorda o Embaixador – às duas Fraternidades monásticas.

Em todos estes séculos o Complexo de 'Trinità dei Monti' – completou Philippe Zeller – foi “um dos centros de pesquisa e formação de ponta” da Roma pontifícia anteriormente, e italiana mais tarde.

O Complexo – conclui – representa “um bom exemplo de diversas vocações: pastoral, cultural, social”, em que “a variedade deve ser respeitada e a unidade conservada”.

(JE)








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