Malásia: oferecer um testemunho comum nos 500 anos da Reforma


Kuala Lumpur (RV) - No âmbito do diálogo realizado a nível internacional entre a Federação Luterana Mundial (FLM) e a Igreja Católica, os luteranos da Malásia deram início a uma série de debates e encontros para uma maior colaboração entre os cristãos no país.

Segundo o Bispo da comunidade luterana na Malásia, Dom Aaron Chuan Ching Yap, os líderes das quatro Igrejas membro da FLM consideram os eventos comemorativos dos quinhentos anos da Reforma, em 2017, como "uma ótima ocasião para evidenciar o testemunho comum das Igrejas na sociedade pluralista e multiconfessional deste país".

O religioso diz estar fortemente convencido de que "a Declaração conjunta "From Conflict to Communion" sobre a história da Reforma - elaborada pela Federação Luterana Mundial e pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos - oferece uma sólida base para individuar relações mais estreitas para um testemunho comum".

Para tanto, foram criados comitês de estudo para aprofundar o documento de 2013. Católicos e luteranos também iniciaram debates para encontrar formas de recordar o aniversário da Reforma em 2017, dentro de um contexto mais amplo na Malásia.

"No nosso contexto - recordou o Bispo Yap - a ênfase na fé, como nossa base comum, torna ativa a solidariedade entre as Igrejas. Podemos seguir em frente para abraçar-nos um ao outro em espírito de reconciliação".

Os membros do Conselho da Federação Luterana Mundial descrevem como "um verdadeiro milagre" a assinatura por parte de católicos, luteranos e metodistas - realizada em abril passado, em Penang – da Declaração conjunta subscrita em 1999 pela FLM e o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos sobre a doutrina da justificação.

"É um milagre - reiterou o bispo luterano - pois somente a ação do Espírito Santo poderia fazer com que todas as três denominações assinassem a Declaração. Se por um lado todas as Confissões cristãs promovem a coexistência harmoniosa com os nossos irmãos e irmãs muçulmanos e com outras comunidades, não houve muito diálogo e colaboração teológica entre nós - em particular entre católicos e luteranos".

"A assinatura - completou - foi um momento de alegria e inaugurou na Malásia uma nova era de unidade visível e de cooperação em um país onde os cristãos são uma minoria. Todos nós representamos diversas tradições cristãs. A assinatura da Declaração expressou com força que os protestantes compartilham a alegria do Evangelho de Jesus Cristo com os católicos, como parte de uma Igreja mais ampla, e que possamos dar testemunho juntos disto na nossa sociedade".

 

(JE/Osservatore Romano)








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