Santa Sé pede na ONU ação global contra tráfico de menores


Nova Iorque (RV) – O Observador da Santa Sé nas Nações Unidas, o Arcebispo Bernardito Auza, pediu o empenho da comunidade internacional para eliminar o tráfico de crianças e adolescentes.

Na semana passada, em Nova Iorque, foi lançada um nova parceria global para combater toda forma de violência contra menores. Em seu pronunciamento, Dom Auza recordou o compromisso da Santa Sé contra esta chaga social desde o Concílio Vaticano II, que ficou ainda mais evidente nos pontificados de S. João Paulo II e Bento XVI. Já o Papa Francisco elevou a ação da Igreja a outro nível, com a criação do “Grupo Santa Marta” e a organização de inúmeros eventos com especialistas no assunto.

Mensagem de Francisco

A mensagem do Pontífice, recorda Dom Auza, é que  estamos lidando com uma "ferida aberta no corpo da sociedade contemporânea", "um crime contra a humanidade", “câncer social” e um "flagelo atroz" que está ocorrendo em muitos dos nossos bairros.

Portanto, não podemos permanecer indiferentes perante o conhecimento que os seres humanos estão sendo “comprados e vendidos como objetos, até mesmo agredidos e mortos como animais vítimas de abuso, e que devemos juntos abordar as componentes econômicas, ambientais, políticos, antropológicos e éticos da crise”.

Crime contra humanidade

Dom Auza recorda que o tráfico de qualquer pessoa, não importa a idade, é um crime contra a humanidade. Mas há algo particularmente abominável quando se trata de crianças, como já ensinava Jesus há mais de dois mil anos. Atualmente, estimam-se que dois milhões de menores no mundo são traficados.

O representante da Santa Sé declarou-se satisfeito com a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, que identifica como uma de suas metas a eliminação de todas as formas de violência a crianças.

“Trabalhando em conjunto com perseverança, podemos eliminar o tráfico de crianças e adolescentes e, juntos, atingir o objetivo para acabar com abusos, exploração, tráfico e todas as formas de violência contra e tortura de crianças em 2030”, concluiu o Arcebispo.








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