Faliu o golpe militar na Turquia contra o Presidente Recep Tayyp Erdogan. A tentativa de golpe gerou no país uma situação de caos e violência. Uma parte do exército e da polícia resistiu ao assalto e os militares insurgentes perderam a luta contra o tempo.
O balanço de vítimas mortais é de mais de 200, ao menos 47 civis. O presidente exortava o povo à resistência e, agora, a permanecer nas ruas. Ainda nas primeiras horas da manhã se ouviam tiroteios. Foram destituídos 29 coronéis e 5 generais.
O golpe durou poucas horas. Tudo teve início pouco antes das 22h locais de sexta-feira dia 15 de julho. Os militares entraram em ação em Istambul e Ancara, a capital, onde carros-tanques se posicionaram diante do Parlamento, helicópteros sobrevoavam o Palácio presidencial. Entraram na sede da TV estatal anunciando ter tomado o poder, prometendo regressar à democracia e à laicidade. Acusam Erdogan de autoritarismo e de ter islamizado o país. Os militares pedem uma Turquia mais ligada à Nato (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e mais próxima dos EUA.
Em Istambul, metrópole cultural do país e ponto de contacto entre Ocidente e Médio Oriente, os militares ocuparam as duas pontes principais sobre o Bósforo e o aeroporto. Foram horas de confusão. O chefe de Estado, que se encontrava de férias no Mar Egeu, parece ter querido pedir asilo político no exterior.
Uma parte do exército e da polícia resistiu. Muitos simpatizantes do presidente saíram às ruas. Os confrontos foram violentos. Um helicóptero dos golpistas foi abatido. Na madrugada, por volta das 3h locais, Erdogan regressou a Istambul e no meio da multidão anunciou o fracasso da tentativa de golpe e afirmou que os autores pagarão caro pelo sucedido. Cerca de 3 mil militares já foram detidos. (RL)
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