Vigário na Anatólia: é preciso diálogo, há mal-estar por trás das tensões


Ancara (RV) - A situação na Turquia permanece difícil. Há tempos que o país vive uma crise latente, também consequência das guerras que estão afligindo o Oriente Médio e o Norte da África. Nesse contexto, a pequena minoria cristã é instrumento de diálogo entre facções opostas. Entrevistado pela Rádio Vaticano, eis o testemunho que o vigário apostólico na Anatólia (Centro-Oeste da Turquia), Dom Paolo Bizzeti, deixou por telefone, falando de Iskenderun:

Dom Paolo Bizzeti:- “Onde vivo – graças a Deus! – a situação é tranquila. Naturalmente, há muita tensão, mas a situação aqui é tranquila... É difícil, também para nós, compreender as dimensões reais desse confronto e, portanto, é preciso ser muito prudentes. Infelizmente, fomos ouvidos várias vezes nestes últimos tempos por uma série de fatos sangrentos, que já revelavam seguramente uma tensão dentro do país. Embora a grande maioria das pessoas seja seguramente pacífica e viva tranquilamente, não se pode negar que – nestes últimos tempos – tem sido praticada uma política de ódio, de confronto, e isso, evidentemente, a um certo ponto leva a uma deflagração maior. Creio que, sinceramente, a única coisa inteligente a ser feita é não exasperar os tons para reencontrar aquele mínimo de calma necessária para compreender as razões também de quem insurgiu: uma insurreição, por quanto não se saiba ainda a dimensão, é seguramente sempre índice de um mal-estar. Por conseguinte, é preciso ir às causas desse mal-estar.”

RV: O que se pode testemunhar e como, neste momento, com a própria presença no país?

Dom Paolo Bizzeti:- “Seguramente, sempre através da arma do diálogo, que é a única que pode assegurar um viver de modo civil. Portanto, da parte da Igreja creio que será unânime o testemunho de que, justamente, é preciso abaixar os tons e que se deve buscar compreender quais são as causas deste mal-estar.” (RL)








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