Sudão do Sul: milhares buscam refúgio em igrejas


Juba (RV) - Depois que o Presidente Salva Kiir e o Vice Riek Machar declararam um cessar-fogo na noite de segunda-feira, a calma voltou à Juba, capital do Sudão do Sul, sacudida há dias por violentos combates que mataram mais de 200 pessoas.

"Machar concedeu uma entrevista de uma comunidade não revelada, mas se supõe que seja Juba ou proximidades, na qual reiterou o seu compromisso por um cessar-fogo", disseram à Agência Fides fontes eclesiais locais.

"Na cidade agora prevalece a calma, mesmo que muito tensa. Os saques que acompanharam os combates são de vasta proporção. Os responsáveis são os soldados governamentais e as milícias aliadas, que prevaleceram sobre as fracas forças de Machar. Não poderia ser diferente, porque as forças de Machar contavam com pouco menos de 1.500 combatentes, com armas leves, enquanto os soldados governamentais são muito mais numerosos, têm armas pesadas, incluídos blindados e helicópteros de combates".

"Foi um massacre - continuam as fontes - mesmo que não se tenha ainda um número preciso de vítimas. A questão mais urgente é a humanitária, pela falta de água potável. Milhares de pessoas se refugiaram nas igrejas  e se está organizando para oferecer a eles assistência, mesmo em meio a mil dificuldades. A Cruz Vermelha Internacional conseguiu enviar as próprias equipes aos dois hospitais principais, que acolhem os feridos dos combates dos últimos dias".

Não obstante o cessar-fogo, diversas embaixadas procedem com a evacuação de seu coetâneos e do próprio pessoal. Entre os países que ordenaram a evacuação está o Japão, que há cerca de dois anos deu início a importantes projetos humanitários e de desenvolvimento no Sudão do Sul.

"A fuga dos estrangeiros deve-se à falta de segurança, em primeiro lugar, mas também pela falta de comida e de outros bens devido aos saques dos locais onde costumavam se abastecer. É uma situação já experimentada em outras regiões do Sudão do Sul. Os combates têm consequências de longa duração e que atingem profundamente a população que se encontra privada de assistência", concluem as fontes. (JE/LM)








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