2016-07-11 15:18:00

Semana do Papa de 4 a 10 de julho


Na pausa do mês de julho a agenda de Francisco está reduzida de compromissos. Nesta “Semana do Papa” destacamos a mensagem pela paz na Síria, as intenções de oração de julho, um encontro com pobres e o Angelus do XV Domingo do Tempo Comum.

É possível a paz na Síria

Na terça-feira dia 5 de julho foi publicada uma mensagem vídeo do Papa Francisco pela paz na Síria incluída numa campanha da Caritas Internacional. O Santo Padre fala do sofrimento “indescritível” do povo sírio numa guerra que já dura há cinco anos.

“Hoje desejo falar de algo que entristece muito o meu coração: a guerra na Síria, que já entrou no seu quinto ano”. O Pontífice define como “indescritível” o sofrimento da população, obrigada a sobreviver sob as bombas ou a procurar caminhos de fuga para outros países ou para zonas da Síria menos atingidas pela guerra.

“Enquanto o povo sofre, gastam-se incríveis somas de dinheiro no fornecimento de armas aos que fazem a guerra” – denuncia Francisco, citando também o jogo duplo de alguns países, que ao mesmo tempo em que apelam à paz, fornecem armas.

“Como podemos acreditar em alguém que nos faz carinho com a mão direita e nos golpeia com a esquerda?  Encorajo todos, adultos e jovens, a viver o Ano Santo da Misericórdia com entusiasmo para vencer a indiferença e proclamar com força que a paz na Síria é possível” – assim exorta o Papa.

O Pontífice faz um convite para rezar pela paz no país em vigílias de oração, em iniciativas de sensibilização com  grupos, paróquias e comunidades. Francisco se dirige também aos que estão envolvidos nas negociações de paz para que levem a sério os acordos e façam um esforço concreto para facilitar o acesso à ajuda humanitária.

“Todos devemos reconhecer que não existe uma solução militar para a Síria: só uma solução política. Juntemos forças, em todos os níveis, para garantir que a paz na amada Síria seja possível. Isto será um grandioso exemplo de misericórdia e de amor para o bem de toda a comunidade internacional!” – assim concluiu o Papa.

Recordemos que a Cáritas fornece alimentação, assistência de saúde, bens de primeira necessidade, instrução, refúgio, consultoria psicológica, proteção na Síria e nos países que abrigam refugiados. Somente no ano passado, as Caritas nacionais levaram ajudas a 1,3 milhão de pessoas. Para promover esta campanha, a Cáritas Internacional está a lançar também um novo portal: siria.caritas.org.

Rezai por quem não tem compaixão

O Papa Francisco recebeu na manhã desta quarta-feira dia 6 de julho um grupo de peregrinos pobres provenientes da Diocese de Lyon na França acompanhados pelo Cardeal Philippe Barbarin. Este grupo veio a Roma numa iniciativa da organização Amigos do padre Jospeh Wresinski por ocasião do centenário do nascimento deste sacerdote que dedicou a sua vida aos pobres.

O Santo Padre no seu pequeno discurso afirmou estar muito contente por acolhê-los e também às pessoas que os acompanhavam. Francisco frisou o facto de Jesus ter querido partilhar com eles a sua condição: “fez-se por amor um de vós”, “desprezado pelos homens, esquecido, um que não conta nada” – afirmou.

“E a Igreja” – continuou o Papa – “que ama e prefere aquilo que Jesus amou e preferiu, não pode estar tranquila até que não tenha chegado a todos os que experimentam a recusa, a exclusão e que não contam para ninguém”.

Francisco sublinhou mesmo um pensamento pessoal dizendo que lhe ocorre pensar no “que pensavam as pessoas que viram Maria, José e Jesus pelas estradas, fugindo do Egito. Eles eram pobres, eram tribulados por causa das perseguições: mas ali estava Deus” – observou.

No final das suas breves palavras o Papa pediu às pessoas pobres ali presentes o seguinte: “Peço-vos também de rezar pelos culpados da vossa pobreza, para que se convertam” – disse Francisco que pediu também orações por aqueles que “não têm compaixão”.

Respeito pelos povos indígenas

Também na quarta-feira dia 6 de julho foi divulgada a vídeo-mensagem do Papa Francisco sobre as intenções de oração para o mês de julho numa iniciativa do Apostolado da Oração.

O Santo Padre recorda os povos indígenas e diz “ser eco e porta-voz dos anseios mais profundos dos povos indígenas. E quero que juntes a tua voz à minha para que, de todo o coração, peçamos que sejam respeitados os povos indígenas, ameaçados na sua identidade e até na sua existência” – afirma Francisco. 

Estar próximo de quem precisa de ajuda

Domingo, 10 de julho – no Angelus na Praça de S. Pedro neste XV Domingo do Tempo Comum o Papa recordou a parábola do “bom samaritano” proposta pelo Evangelho de S. Lucas. Uma narrativa “simples e estimulante” – disse o Santo Padre – que nos indica um “estilo de vida” no qual no centro não estamos nós mas “os outros” “que encontramos no nosso caminho” e que “nos interpelam” – afirmou Francisco.

Um doutor da lei, a propósito do mandamento ‘amar a Deus com todo o coração e ao próximo como a ti mesmo’, pergunta a Jesus: “quem é o meu próximo” – recordou o Papa – e Jesus responde-lhe contando-lhe uma parábola na qual um homem na estrada de Jerusalém a Jericó foi assaltado, maltratado e abandonado. Passam por ele um sacerdote e um levita e seguem adiante. Depois um samaritano, ou seja, um habitante da Samaria que, como lembrou o Papa, eram desprezados pelos judeus, teve compaixão daquele homem ferido e “tomou conta dele”.

Um sacerdote, um levita e um samaritano: Jesus pergunta quem é que foi o próximo daquele homem ferido, e o doutor da lei responde que foi aquele que “teve compaixão” – disse o Santo Padre – e Jesus diz: “Vai e faz o mesmo”.

Segundo Francisco, esta frase de Jesus é para cada um de nós pois “depende de mim ser ou não ser próximo da pessoa que encontro e que tem necessidade de ajuda, mesmo que seja estranha ou até hostil”.

O Santo Padre afirmou ainda que “a atitude do bom samaritano é necessária para dar prova da nossa fé”.

E terminamos, assim, esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 4 a 10 de julho. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








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