Morte planejada é inaceitável, diz bispo suíço


Berna (RV) – “O suicídio dos idosos: um desafio”, é o título de um estudo preparado recentemente pela Comissão Justiça e Paz helvética e publicado no site dos Bispos da Suíça. O objetivo é contribuir com o debate na sociedade sobre a autonomia, a fragilidade, a morte e a ajuda ao suicídio.

O dado de partida é que mais de 100 mil pessoas estão atualmente inscritas em uma organização para o “suicídio assistido”, aliado ao fato que desde 2015 na Suíça,  “se discute a possibilidade de pessoas (muito) idosas decidirem livremente se querem colocar fim à própria vida”, com a assim chamada “morte voluntária na velhice”.

Não é mais uma situação de “sofrimento insuportável” a justificar a morte, mas simplesmente “a velhice e a perspectiva de uma vida difícil”, evidencia o estudo que investiga o por quê desta ideia ter tido “assim tanto sucesso” na população helvética e não somente.

O suicídio "libertou-se da condição tabu", e se o suicídio de idosos por um lado é "um grave problema social", por outro é considerado por alguns como uma "solução individual".

Reiterando a oposição da Igreja à “morte planejada", Dom Felix Gmür, Bispo de Basileia, sublinhou aos jornalistas na apresentação do estudo em Berna na sexta-feira: "Hoje, quem é dependente de outra pessoa, é malvisto e considerado anormal", observou.

O estudo da Justitia et Pax, além de pesquisar a questão no plano ético e social, oferece algumas "recomendações" para a sociedade, as Igrejas e instituições de saúde.

(JE)








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