Papa recebe a nova prefeita de Roma


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu a nova prefeita de Roma, Virginia Raggi, na manhã de sexta-feira (1º/07).

Raggi, do Movimento Cinco Estrelas (M5S), venceu o segundo turno das eleições em junho com uma ampla diferença em relação ao candidato do partido do premiê Matteo Renzi.

Para a primeira prefeita da história de Roma foi também o primeiro encontro com o Papa Francisco.

“Foi emocionante. Encontrei uma pessoa verdadeiramente humana; fiquei muito impressionada”, – declarou Raggi à Rádio Vaticano.

Após o encontro com Francisco,  diante dos episódios de corrupção que ficaram conhecidos como “Mafia Capitale”, a prefeita reiterou:

“É preciso que os romanos, as pessoas, os cidadãos, entendam que há qualquer coisa que vai além do próprio bem: o bem comum, o interesse geral; é algo que supera o particularismo e o egoísmo”.

Laudato Si'

Raggi disse ainda ter “apreciado muito” as palavras da Encíclica Laudato Si’.

“Parecem-me extremamente atuais e modernas; falam de mudanças climáticas, de urbanística como, às vezes, de uma agressão à paisagem quando é realizada sem respeitar as regras, do espírito de comunidade, das pessoas mais frágeis. Devo dizer que naquela Encíclica há muito da sociedade romana de hoje”.

Olimpíadas 2024

Sobre a candidatura de Roma às Olímpiadas de 2024, Raggi disse que estes eventos pesam muito no bolso dos cidadãos.

“Se os romanos, que até hoje e durante a campanha eleitoral não me disseram nada sobre Olimpíadas, pedirem um referendo nós avaliaremos. Obviamente, apresentando todos os prós e contras, os custos e recordando que no ano passado terminamos de pagar a parcela anual de 92 milhões de euros pela Copa da Itália em 1990. Façam as contas e vejam quanto estes eventos pesam no bolso dos cidadãos. Isto é fundamental. Ninguém quer que Roma não seja competitiva em relação a outras cidades europeias, mas neste momento em que temos um débito de 13 bilhões de euros somente na administração extraordinária, creio que pedir aos cidadãos que se endividem por ao menos outros 20,30,40 anos, não seja ético, não seja justo”.

(lc/rb)








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