Livro "El Concilio Vaticano II y los judíos" tem Prefácio de Bergoglio


Buenos Aires (RV) - O livro "El Concilio Vaticano II y los judíos" (O Concílio Vaticano II e os judeus) foi apresentado no Salão do Auditório do Instituto de Cultura do Centro Universitário de Estudos (CUDES), em Itongadol.

Com 400 páginas, o livro foi escrito pelos Rabinos Abraham Skorka e Ariel Stofenmacher e editada pelo Seminario Rabínico Latino-americano Marshall T. Meyer. Assinam o Prefácio o Papa Francisco, o Rabino Joel H. Meyers, o Rabino Ariel Stofenmacher e Cristian Ritondo.

A obra é uma coletânea de textos e artigos relacionados à Declaração conciliar Nostra Aetate, escritos por teólogos e historiadores judeus e cristão. Foi editada em comemoração aos 50 anos de aprovação da respectiva declaração durante o Concílio Vaticano II, no final de 1965.

A apresentação da volume esteve a cargo de Abraham Skorka e Norberto Padilla, professor do Instituto de Cultura do Centro Universitário de Estudos (CUDES); membro fundador do Conselho Latino-americano de Liberdade Religiosa e do Conselho Argentino para a Libertade Religiosa. Foi lido na introdução um parágrafo de Jorge Luis Borges sobre a nova relação que se desenvolveu entre cristãos e judeus a partir do Concílio Vaticano II.

"Dois cinquentenários confluem para que hoje estejamos aqui - recordou Norberto Padilla. Em 1962, por iniciativa de Marshall Meyer e um grupo de rabinos e dirigentes comunitários,  foi fundado o Seminário Rabínico Latino-americano, que desde então é o centro de excelência de formação, de serviços e diálogo, ao formar rabinos para América Latina e Estados Unidos".

"No mesmo ano - completou - São João Paulo II inaugurou o Concílio Vaticano II, acontecimento que qualificou como um novo Pentecostes. Falecido antes da segunda sessão, o sucedeu o Beato Paulo VI, que conduziu as três sessões seguintes, até sua conclusão em 7 de dezembro de 1965. No Concílio foi aprovada a Declaração Nostra Aetate, cujo 4° ponto é dedicado à relação com o judaísmo".

Padilla, ademais, ressaltou em como a Declaração modificou substancialmente a relação existente entre a Igreja Católica e os judeus, destacando também a decisão do Seminário Rabínico Latino-americano em dedicar um livro à comemoração do Concílio Vaticano II.

O Rabino Abraham Skorka, por sua vez, explicou que o livro começou a ser pensado em agosto de 2012. "Por volta de fevereiro ou março de 2012 - recordou - que era o ano em que se cumpria o início das sessões do Concílio Vaticano II, recebi um chamado do Reitor de UCA, Arcebispo Fernández, que me dizia que em 11 de outubro queriam realizar um ato para recordar os 50 anos de início do Concílio Vaticano II e me convidava para falar na ocasião. Foi um impacto para mim e me emocionei", revelou o Rabino.

Skorka também afirmou, que uma das preocupações de São João XXIII ao convocar o Concílio Vaticano II era "recriar uma nova relação com os judeus", mencionando que São João XXIII foi designado por Yad Vashem como "Justo entre as Nações" por ter salvo inúmeros judeus durante a II Guerra Mundial, quando era Núncio Apostólico na Turquia e nos Bálcãs.

Ao referir-se à Declaração Nostra Aetate, o Rabino Skorka manifestou que o Cardeal Bea, antes do início do Concílio, havia preparado um documento que modificava a relação da Igreja com o judaísmo, "para que fique como um documento do Concílio".

"Foi uma das primeiras intenções deste Concílio e a antepenúltima a ser aprovada. Os debates - recordou - começaram em 1962 de foi aprovada em 1965. Paulo VI a assinou no mesmo dia em que se recordava o falecimento de São João XXIII. Desde então passou muita água embaixo da ponte e teve gente que aqui, em nosso país, assumiu a bandeira deste conceito: Dom Karlik, Dom Segura, existe uma gama de pessoas da Igreja que esteve muito comprometida, isto sem falar do meu amigo, o atual Bispo de Roma", disse Skorka

A obra é uma coletânea de textos e artigos relacionados à Declaração conciliar Nostra Aetate, escritos por teólogos e historiadores judeus e cristão. Foi editada em comemoração aos 50 anos de aprovação da respectiva declaração durante o Concílio Vaticano II, no final de 1965.

"El Concilio Vaticano II y los judíos" está dividido em três partes. A primeira é composta por 12 artigos, a segunda por 10 testemunhos escritos pelo então Cardeal Jorge Mario Bergoglio; o Cardeal Jorge María Mejía; o ex-Secretario de Culto de la Nación, Norberto Padilla; os Pastores José Míguez Bonino e Carlos Cerdá; o Arcebispo e Reitor da Pontifícia Universidade Católica Argentina - UCA, Víctor Manuel Fernández; o Arcebispo e Presidente da  Conferência Episcopal Argentina, José María Arancedo; o presbítero Rafael Braun, Carlos Escudé (Najmán ben Abraham Avinu); Celina Lértora Mendoza; Michel Schlesinger; Leandro Tomchinsky Galanternik; e os Rabinos Abraham Skorka, Ariel Stofenmacher, Alejandro Bloch, Guillermo Bronstein, Daniel Goldman, Mario Hendler, Marcelo Polakoff, Mario Rojzman, Ernesto Yattah y Shmuel Szteinhendler. A terceira e última parte é um Apêndice Documental de fontes judaicas e católicas. (JE) 








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