Povo armênio: visita papal trará bênçãos ao país


Yerevan (RV) – Com a visita à Armênia que tem início nesta sexta, o Papa Francisco acolhe o convite do Catholicos armênio apostólico, Karekin II, das autoridades civis e da Igreja católica, e retribui a visita realizada em 12 de abril, do ano passado, ao Vaticano, dos patriarcas armênios apostólicos e católico, e do presidente armênio.

A visita da delegação armênia deu-se por ocasião da missa aos fiéis de rito armênio no Centenário do Metz Yeghern ‘O Grande Mal’ quando, em 1915, 1,5 milhão de armênios foram massacrados pelo Império Otomano.

Geografia e população

A Armênia é um país com 3 milhões e 300 mil habitantes. Localizada no sudeste da Europa, é a menor das ex-repúblicas soviéticas. A cadeia montanhosa do Cáucaso estende-se por todo o território. 

Os armênios da diáspora são cerca de 8 milhões. Cerca de 130 mil vivem no Nagorno-Karabakh, território armênio cedido por Stalin, em 1923, ao Azerbaijão, cuja ideia de unificação com a Armênia, que teve início em 1980, e resultou num conflito violento entre a Armênia e Azerbaijão. Em 1994, foi assinada uma trégua - nem sempre respeitada. 

Visita do Papa

O entusiasmo dos armênios pela visita do Papa Francisco nota-se já no aeroporto internacional de Yerevan onde foram instalados alguns televisores cujas imagens e palavras dão as boas-vindas ao Santo Padre.

Foram colocadas várias bandeiras ao longo da avenida que do aeroporto leva ao centro da capital com as cores da Armênia, vermelho, azul e laranja, violeta, cor da Igreja Apostólica Armênia, e amarela e branca, da Santa Sé.

Também se veem vários telões espalhados pela cidade que anunciam a visita de Francisco. Em alguns foram escritas palavras de agradecimento ao Santo Padre por esta visita. 

Os fiéis apostólicos que constituem 90% da população consideram o Papa Francisco um pastor, um líder religioso que vem à Armênia encontrar o seu povo e que com esta visita trará bênçãos para esta nação. 

O Pontífice encontrará um país pobre que tornou-se independente em 1991. O motor da economia armênia é o turismo. O setor agrícola tem um papel discreto na economia, atendendo as necessidades de consumo da população local, e não de exportação.
 
O Santo Padre encontrará um país jovem. Caminhando pelas estradas de Yerevan nota-se que a juventude constitui a maior parte da população. Infelizmente, o índice de desemprego é elevado. 

Repercussão na imprensa

A imprensa local deu amplo destaque à visita do Papa ao país. O jornal ‘Yerakouyn,’ que significa ‘Tricolor’, as três cores da bandeira Armênia, mostra algumas fotos do encontro entre o Papa Francisco e o Presidente Armênio, Sargsyan, no Vaticano, em setembro de 2014.

Destaque ainda para o encontro entre o Papa Francisco e Catholicos Karekin II, na Basílica de São Pedro, em abril do ano passado, na celebração do centenário do Metz Yeghern.

O Yerakouyn é único jornal publicado na Armênia em língua armênia ocidental. Na Armênia se fala e se escreve em armênio oriental.
 
Outro jornal que deu amplo espaço à visita do Papa é o ‘Haier anisor’, ‘Armênios hoje’, órgão de comunicação do Ministério da Diáspora, importante porque conserva uma ligação entre a diáspora e a Armênia.

‘News.am’, ‘Notícias da Armênia’, destaca a visita do Papa ao país e fez algumas reportagens e vídeos sobre os lugares que o Santo Padre visitará aqui na Armênia.

Sobre o que os armênios esperam da visita do Papa nós conversamos com o Bispo dos Armênios Católicos da América do Sul, Dom Vartan Waldir Boghossian, que está entre os 14 bispos católicos armênios da diáspora presentes aqui na visita papal. 

Nós conversamos também com o sacerdote da Igreja Apostólica Armênia de São Jorge, em São Paulo, Pe. Der Yeznig, sobre o significado da visita do Papa Francisco à Armênia. 

 

De Yerevan para a Rádio Vaticano, Mariangela Jaguraba

 








All the contents on this site are copyrighted ©.