2016-06-20 09:35:00

Semana do Papa de 13 a 19 de junho


Esta “Semana do Papa” foi plena de acontecimentos: a visita ao PAM, as audiências geral e jubilar, o Congresso da Diocese de Roma, a campanha da AIS e o encontro com o Conselho Pontifício para os Leigos.

Desburocratizar a fome

No início da semana, na segunda-feira dia 13 de junho, o Papa Francisco visitou o Programa Alimentar Mundial, em Roma, organismo das Nações Unidas com a missão do combate à fome no mundo. O Santo Padre afirmou que se deve desburocratizar a fome e acusou que esta é usada, muitas vezes, como arma de guerra.

Rezar pelos nossos inimigos

Terça-feira, 14 de junho – na Missa em Santa Marta o Papa Francisco colocou em evidência a oração que se faz por aqueles que “nos querem mal” e afirmou que com essa oração somos “mais filhos do Pai”.

“Que o Senhor nos dê a graça, apenas esta: rezar pelos nossos inimigos; rezar por aqueles que nos desejam mal, que não nos querem bem; rezar por aqueles que nos ferem, que nos perseguem. E cada um de nós sabe o nome e o apelido: rezar por isto... Garanto-vos que esta oração vai fazer duas coisas: ele vai melhorar, porque a oração é poderosa, e nós seremos mais filhos do Pai”.

A misericórdia é luz

Quarta-feira, 15 de junho – na audiência geral na Praça de S. Pedro o Papa Francisco propôs uma catequese partindo do capítulo 18 do Evangelho de S. Lucas que nos narra o episódio da cura do cego de Jericó.

Um homem na beira da estrada, colocado na margem e que pede esmola. Uma figura como tantas outras que também hoje em dia são marginalizadas – observou o Santo Padre.

«Que queres que te faça?» - perguntou ao cego Jesus, tornando-Se seu servo humilde pronto a fazer o que ele quisesse. O cego pede para ver e o seu desejo foi atendido: recobrou a vista e pôs-se a seguir Jesus, enquanto toda a multidão glorificava a Deus.

O sucedido ao cego fez com que também a multidão ficasse a ver; a mesma luz ilumina a todos, irmanando-os na oração de louvor.

Jesus derrama a sua misericórdia sobre todas as pessoas que encontra: chama-as, reúne-as, cura-as e ilumina-as, criando um povo novo que celebra as maravilhas do seu amor misericordioso.

Artistas itinerantes são “artesãos da festa e do belo”

Na quinta-feira, 16 de junho, o Papa Francisco recebeu em audiência na Sala Paulo VI os participantes no Jubileu do mundo do espetáculo itinerante neste Ano Santo da Misericórdia. Na sua maioria provenientes das artes circenses e das múltiplas atividades de feira, os itinerantes ouviram Francisco chama-los de “artesãos da festa, da maravilha, do belo”. Disse-lhes que na sua vida de itinerantes podem ser uma espécie de “comunidade cristã itinerante, testemunhas de Cristo que estão sempre em caminho para encontrar os mais distantes”.

Na Missa em Santa Marta: a oração do Pai Nosso

Na Missa em Santa Marta nesta quinta-feira dia 16 de junho o Papa Francisco exortou os cristãos a não desperdiçarem palavras como os pagãos e a não pensarem que as orações sejam palavras mágicas.

No Evangelho do dia, S. Mateus apresenta-nos Jesus que ensina o Pai Nosso aos seus discípulos: “Este Pai que nos dá precisamente a identidade de filhos. “E quando eu digo ‘Pai’ vou à raiz da minha identidade: a minha identidade cristã é ser filho e esta é uma graça do Espírito” – afirmou o Santo Padre.

O Papa Francisco destacou na sua homilia que o espaço da oração cristã é o facto de chamarmos Pai a Deus, Àquele que me deu a identidade de filho: “Este é o espaço da oração cristã – Pai – e depois rezamos a todos os santos, aos anjos, fazemos procissões e peregrinações…” – disse o Papa.

O Santo Padre sublinhou as palavras ‘Pai’ e ‘Nosso’ afirmando que são elas que nos dão “a identidade de filhos” e que nos dão “uma família para seguirmos em frente na vida”.

Proximidade com as famílias

Também na quinta-feira dia 16 de junho o Papa Francisco na abertura do Congresso da Diocese de Roma exortou os cristãos daquela diocese a estarem próximos das famílias numa atitude de compaixão. O Santo Padre desenvolveu a sua reflexão sobre o tema: “A alegria do amor: o caminho das famílias em Roma à luz da Exortação Apostólica”.

“Seja a misericórdia de Deus”

Teve início na sexta-feira dia 17 de junho e termina a 4 de outubro uma campanha internacional de recolha de fundos para a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, com o título: “Seja a misericórdia de Deus”. Na vídeo-mensagem do Papa Francisco destacamos a seguinte frase: “Apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade no mundo inteiro a que façam em cada cidade, em cada diocese, em cada associação, uma obra de misericórdia.”

Leigos em saída

Também na sexta-feira dia 17 de junho o Papa Francisco concedeu uma audiência aos participantes na Assembleia Plenária do Conselho Pontifício para os Leigos. No seu discurso o Santo Padre afirmou que os leigos devem envolver-se cada vez mais na missão evangelizadora numa atitude em saída ao encontro dos que estão longe da Igreja.

Falando da reforma da Curia Romana e da fusão daquele conselho pontifício com a Família e a Academia para a Vida, Francisco evidenciou que esta integração acontece para renovar a confiança na missão dos leigos na Igreja.

Abrir à misericórdia para mudar de vida

Sábado, dia 18 de junho – decorreu na Praça de S. Pedro mais uma audiência jubilar neste Ano Santo da Misericórdia. O Santo Padre na sua catequese falou sobre misericórdia e conversão.

Conversão e perdão dos pecados são dois aspetos qualificativos da misericórdia de Deus e “hoje tomamos em consideração a conversão” – disse o Papa.

Segundo Francisco, conversão significa «voltar para o Senhor», pedindo-Lhe perdão e mudando estilo de vida. Jesus fez precisamente desta conversão o primeiro apelo da sua pregação: «O Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e acreditai no Evangelho».

No entanto – observou o Santo Padre – “quando Jesus chama à conversão, não o faz do alto como se fosse juiz das pessoas, mas torna-Se solidário e próximo delas; compartilhava a condição humana, fazendo-Se companheiro de estrada, entrando nas casas, sentando-Se à mesa”.

Com este seu comportamento, o Senhor tocava profundamente o coração das pessoas, e estas sentiam-se atraídas pelo amor de Deus e impelidas a mudar de vida – sublinhou o Papa.

“Quantas vezes sentimos a exigência de uma mudança que envolva toda a nossa pessoa! Sigamos este convite do Senhor e não façamos resistência, porque somente se nos abrirmos à sua misericórdia é que encontraremos a verdadeira vida e a verdadeira alegria”.

Renunciar a si mesmo, tomando a cruz por amor

Domingo, 19 de junho – no Angelus na Praça de S. Pedro o Papa Francisco referiu-se ao Evangelho deste XII Domingo do Tempo Comum e à pergunta formulada por Jesus aos seus discípulos: “Quem dizem as multidões que Eu sou”(Lc 9,18-24).

Nesta passagem do Evangelho de Lucas, Jesus, depois do diálogo com os discípulos, dirige-se a todos e diz: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de todos os dias e siga-Me”. É a cruz do sacrifício pelos outros com amor – afirmou Francisco:

“Não se trata de uma cruz ornamental, ou ideológica, mas é a cruz da vida, do próprio dever, do sacrificar-se pelos outros com amor, pelos pais, pelos filhos, pela família, pelos amigos e também pelos inimigos, é a cruz da disponibilidade a ser solidários com os pobres, a empenhar-se pela justiça e a paz.”

“Abandonemo-nos confiantes em Jesus, nosso irmão, amigo e salvador” – disse ainda o Papa – “Ele mediante o seu Santo Espírito, dá-nos a força de andar em frente no caminho da fé e do testemunho”. “E neste caminho sempre está próxima de nós Nossa Senhora” – afirmou Francisco.

E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 13 a 19 de junho. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








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