2016-06-07 17:32:00

Colóquio internacional sobre a Lepra nos próximos dias no Vaticano


Foi apresentado esta manhã na sala de imprensa da Santa Sé, o Colóquio internacional sobre a Lepra que vai ter lugar em Roma nos próximos dias 9 e 10, no Auditório Agostiniano perto do Vaticano.  O principal organizador do Colóquio é o  Conselho Pontifício para os Operadores da Saúde que o faz em colaboração com diversos outros organismos: Fundação “O Bom Samaritano” Fundação “Nippon”, Fundação “Raoul Follereau”, o Soberano de Malta e a Fundação “Sasakawa Memorial Health”.  “Para curas holísticas das pessoas afectadas pelo Morbo de Hansen respeitando a sua dignidade”  é o tema geral do encontro.

Ao apresentar o Colóquio aos jornalistas, Mons. Jean-Marie Mupendawatu, Secretário do Conselho Pontifício para os Operadores da Saúde, disse que, embora a Lepra seja hoje uma doença curável, continua a afectar cerca de 200 mil pessoas todos os anos no mundo, de modo particular, no Brasil e na Índia, destruindo o seu futuro social e económico e condenando-as à marginalização, muitas vezes, mesmo os seus núcleos familiares.

O colóquio pretende fazer o ponto da situação e procurar novos caminhos para promover tanto a prevenção e a informação como a assistência à pessoa atingida pela doença e a sua sucessiva reinserção social.

Prevê-se a participação no Colóquio de umas 230 pessoas entre investigadores, operadores da saúde, voluntários, profissionais e ex-doentes de lepra provenientes de 45 países dos cinco continentes.

Mons. Mupendawatu frisou ainda que o colóquio não quer ficar só por aspectos teóricos, tencionando propor no final três projectos práticos endereçados não só aos doentes, mas também ao tecido social no Mali, Brasil e no sudeste asiático. Ele disse ainda que o colóquio não transcura o aspecto pastoral, estando prevista uma comunicação do Cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos que porá a tónica na profunda ligação entre a Lepra e a Misericórdia na Sagrada Escritura e na nossa vida concreta.

O Colóquio dos dias 9 e 10 – rematou Mons. Mupendawatu - inscreve-se no quadro dos três dias de Jubileu que de 10 a 12 deste serão dedicados aos Doentes e Pessoas com Deficiência neste Ano Santo da Misericórdia. O percurso desses três dias incluem também  momentos de espiritualidade e de cultura, culminando na Missa presidida pelo Papa Francisco, domingo na Praça de São Pedro.

Na Conferência de imprensa desta manhã interveio também, entre outros, o P. Augusto Chendi, sub-secretário do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, sublinhando que na sua bimilenária história, a Igreja sempre esteve ao lado dos doentes, sobretudo das pessoas afectadas pela lepra, fazendo-se interprete da proximidade salvífica  de Jesus. O colóquio hoje apresentado quer repropor esse gesto evangélico de Jesus, ou seja “tocar”, na sua totalidade, a realidade das pessoas afectadas pela lepra.

(DA)








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