Sabores, perfumes e aromas nas Arábias


Dubai (RV*) - Amigas e amigos, mais uma vez tenho a satisfação de enviar-lhes uma saudação, da vibrante cidade de Dubai.

Quando alguém visita a cidade de Dubai é obrigatório ir ao mercado das especiarias, conhecido como Spice Souk, que é um mercado árabe, semelhante ao bazar persa. Esses mercados são conhecidos por serem coloridos, barulhentos e fascinantes.

O souk original de Dubai fica no Bairro Deira, à margem de um braço do mar. É um emaranhado de ruazinhas e corredores estreitos e mal iluminados. Ambos os lados são literalmente ocupados por dezenas de pequenas lojas e barraquinhas. À frente delas, estão dispostos inúmeros sacos e pilhas de especiarias coloridas para o encanto dos olhos.

Depois dos olhos é o olfato que se delicia com os aromas que exalam do cravo, canela, noz moscada, anis estrelado, cardamomo. O perfume que chega às narinas do visitante é enriquecido com aquele dos temperos. A pimenta, o gengibre, o açafrão, curry e outros misturam-se às especiarias, produzem um aroma indescritível que vai marcar a memória olfativa. Para isso, variedades de tabaco para o narguilé- (instrumento oriental para fumar essências ou tabaco, filtrados pela água), além dos incensos e perfumes, contribuem para o aroma inebriante que toma conta do mercado.

De onde vem tudo isso se a região é desértica? Bem, quando o assunto é negócios, vai-se buscar as mercadorias. As especiarias comercializadas, no Spice Souk de Dubai, chegam diariamente de países próximos como Índia, Paquistão, Irã, Somália, Etiópia e afins. Chegam aos Emirados Árabes Unidos, transportadas nas tradicionais e simples embarcações de madeira, chamadas de Dhows. Dezenas dessas embarcações, procedentes desses países, ocupam o cais à margem do braço do mar do lado de fora do mercado.

Os milhares de turistas que visitam o mercado, diariamente, são recebidos por um turbilhão de vendedores, principalmente, iranianos e paquistaneses. Todos são de boa conversa e bem desinibidos. Sabem o nome dos produtos em diversas línguas estrangeiras. Abordam os visitantes, tentando descobrir sua procedência, saudando numa língua qualquer; é assim que descobrem a língua do visitante.  Se chegarem a saber que o turista é brasileiro, os nomes das especiarias e temperos serão oferecidos em língua portuguesa, com uma insistência incrível.

Com a intenção de convencer os transeuntes a adquirir alguma coisa, querem que as pessoas experimentem, praticamente, todos os produtos disponíveis.

 Contanto que se concretize algum negócio, os vendedores então aceitam uma boa e demorada pechincha. Ao fazer o pagamento, impressiona a enorme diferença entre o preço inicial e o valor a ser pago na boca do caixa.

Amigas e amigos, “As manhãs têm seus cheiros, os bosques seus perfumes. Os campos seus aromas. Cada pessoa sua fragrância... “(Porto da Rocha)”. Nada se paga, porque são presentes de amor do Criador.

*Missionário Pe. Olmes Milani CS, das Arábias para a Rádio Vaticano








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