Capelães carcerários europeus: espiritualidade autêntica leva à paz


Estrasburgo (RV) - Concluiu-se nesta quarta-feira (1º/06), em Estrasburgo, na França, o encontro europeu dos capelães carcerários sobre o tema “Radicalização nos cárceres: uma visão pastoral”. 

O evento foi promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), pela Missão Permanente da Santa Sé no Conselho da Europa e pela Comissão Internacional da Pastoral Carcerária Católica (ICCPPC). 

Segundo o comunicado final do encontro, as condições muitas vezes difíceis em que vivem as pessoas encarceradas não negam o fato de que a pessoa humana foi criada à imagem de Deus, sua dignidade inalienável e seus direitos.

A Convenção Europeia dos Direitos Humanos afirma que “toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e religião; tal direito inclui a liberdade de mudar de religião ou credo, assim como a liberdade de manifestar a própria religião ou credo individualmente ou coletivamente, em público ou privado, mediante o culto, o ensinamento, as práticas e a observância dos ritos”. 

Mensagens

“Diante do desafio apresentado pelo crescimento do fundamentalismo violento e pelo fenômeno da radicalização nos cárceres, acolhemos com fervor a publicação das ‘Diretrizes para o serviço carcerários e liberdade vigiada em matéria de radicalização e extremismo violento’, aprovada pelo Conselho da Europa”, afirma a nota.

As diretrizes reiteram a necessidade de respeitar o princípio da liberdade de expressão e da liberdade religiosa nos cárceres;

pedem a consideração da cultura e tradições religiosas dos presos; incentivam a criação de acordos com as denominações religiosas a fim de permitir um certo número de representantes religiosos, aprovados e oportunamente formados, de entrar nas instituições;

destacam o efeito benéfico do envolvimento de religiosos, voluntários, colegas e familiares na reinserção eficiente daqueles que cometeram crime.

Cooperação

“Os capelães de várias religiões podem cooperar na promoção do respeito pela dignidade humana dos presos e na construção de um ambiente marcado pela confiança recíproca, baseando-se na ética da reciprocidade, ou seja, ‘Faça aos outros aquilo que gostaria que fosse feito a você’. Uma espiritualidade autêntica leva sempre à paz e ao respeito pelo outro”, conclui o comunicado.

Em 6 de novembro próximo, se realizará, em Roma, o Jubileu dos Encarcerados, no contexto do Ano Santo da Misericórdia. Esta será uma ocasião especial para a Igreja renovar o seu compromisso com os homens e mulheres reclusos e afirmar que eles estão no centro da vida eclesial. (MJ)








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