Novo Diretor das POM Brasil participa de Assembleia em Roma


Cidade do Vaticano (RV) – As Pontifícias Obras Missionárias do Brasil estão participando de sua Assembleia anual em Roma com o novo Diretor: Padre Maurício da Silva Jardim, do clero da Arquidiocese de Porto Alegre, nomeado há apenas dois meses.

166 delegados de países diferentes estão participando da Assembleia é “Despertar a Consciência Missionária na Igreja hoje”. Em seu discurso de abertura, o Cardeal-Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Fernando Filoni, insistiu na Igreja ‘em-saída’, que se faz próxima das pessoas, uma Igreja que toca nas chagas dos pobres e dos feridos. “É este princípio da missionariedade é que vai convertendo e mudando toda a perspectiva de ser Igreja”, afirma o Padre Maurício Jardim, em entrevista à RV. Ouça:

“Os jovens carregam dentro de si o desejo missionário; querem fazer alguma coisa. No Brasil, temos bem forte a experiência da juventude missionária, que tem feito um trabalho muito bonito de ações concretas. Eles não ficam só na sala refletindo sobre missão, falando de missão, mas seguem o método “ver, iluminar, agir e celebrar”. Então, no terceiro final de semana, o jovem sai, visita hospitais, famílias, faz obras. Eu vejo que o jovem que está fazendo este trabalho, que está criando esta consciência, é feliz e se sente muito útil na Igreja. Outros jovens estão vendo isso e estão se despertando para uma consciência missionária”.

O encorajamento do Papa

“Neste momento histórico da Igreja, a influência do Papa Francisco é decisiva, porque os seus gestos, suas palavras e toda a sua animação missionária têm contagiado todos, inclusive a juventude do Brasil”.

A pé mais de 100 km

“Trago para esta Assembleia a experiência missionária que realizei na África durante 3 anos e meio, na Diocese de Nampula, em Moçambique. Ontem, contei sobre uma caminhada que fiz evangelizando. Escrevi um texto sobre isso mostrando que a missão se faz com meios pobres. Durante 15 dias, visitei 15 comunidades a pé. Viajei mais de 100 km a pé, com a mochila nas costas e acompanhado sempre pela comunidade. Eu não esperava que a comunidade me acompanhasse até a próxima, mas eles o fizeram. Então, eu senti mais próximo deles, comendo o que comiam, vivendo onde o povo vive, deitando em esteira, muitas vezes no chão... Isto me fez crescer numa proximidade muito forte com aquele povo”.

“Então, eu trago na minha bagagem esta experiência de África de ser missionário, de viver com meios pobres, despojado, e no encontro com as pessoas”. 

(CM)








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