2016-05-30 13:02:00

Senegal: Bispos preocupados com a escola e relações com a Gâmbia


A crise da escola no Senegal preocupa os bispos que, na semana passada, reunidos em assembleia plenária, discutiram sobre a necessidade de uma educação de qualidade para os jovens, mas também a formação nos seminários, a reforma processo canónico para as causas de nulidade do matrimónio e problemas de actualidade. Em conferência de imprensa, os bispos lançaram um apelo às autoridades senegalesas e gambianas para que se encontre uma solução ao impasse diplomático-comercial causado pelo aumento das taxas de trânsito estabelecido unilateralmente pelo governo de Banjul em fevereiro último. O arcebispo de Dakar, D. Benjamin Ndiaye, e presidente da Conferência Episcopal, encorajou os governos a continuarem o diálogo, de maneira franca e fraterna, tendo em conta o interesse nacional.

Os problemas transfronteiriços entre Senegal e Gâmbia
Nos últimos meses as tensões entre Banjul e Dakar têm aumentado porque os camionistas senegaleses se recusaram a transportar mercadorias para a Gâmbia, porque agora devem pagar, como taxa para o trânsito das suas viaturas, 400 mil francos CFA, em vez dos anteriores 4 mil. A Gâmbia divide em duas partes o Senegal por dois terços e os camionistas senegaleses achavam conveniente atravessar a Gâmbia para transportar mercadorias de uma parte do País para a outra. Agora, para evitar de passar pela Transgambiana, os caminhões senegaleses percorrem uma via mais longa para chegar ao Casamance, passando por Tambacounda, Kolda e Vélingara, prolongando o percurso por 750 km. O governo de Dakar, por sua vez, fechou as fronteiras provocando protestos dos comerciantes, viajantes e activistas dos direitos humanos, porque como resultado do bloqueio do transporte, as mercadorias destinadas à Gambia, incluindo alimentos, estão paradas. Os bispos do Senegal exortam as partes a empenhar-se por uma solução duradoura.

A crise da escola
Durante a plenária, os bispos debateram longamente o problema da instrução escolar, destacando que é necessária para todos uma formação que os prepare para o futuro pessoal e nacional. "Os bispos lamentam pelo persistente mal-estar, as tensões e conflitos nas escolas e universidades que ameaçam os direitos dos estudantes e dos jovens", disse D. Ndiaye, que apelou ao sentido de responsabilidade, respeito pelo bem comum e preocupação pelo o interesse geral. Além disso, os bispos convidaram também aos professores e ao governo a colaborar para pôr fim a esta crise.

Escolas católicas e Seminários
Sobre o ensino católico, apesar das dificuldades, registam-se bons resultados, enquanto que para os seminários surgiu a necessidade de harmonizar os programas de estudo e melhor responder aos grandes desafios da formação sacerdotal. Na plenária foram em seguida apresentados os membros do novo executivo do Conselho Nacional para os Leigos, e precisamente aos leigos os bispos pediram uma presença mais responsável e mais activa na Igreja e na sociedade








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