Sociedades mais inclusivas entre Europa e América Latina é tema de curso


Roma (RV) – Respondendo ao apelo do Papa Francisco para “uma sociedade mais inclusiva entre Europa e América Latina”, a Pontifícia Universidade Lateranense criou o curso “Economia Social de Mercado e Doutrina Social da Igreja”. Estes dias 26 e 27 de maio são dedicados à "Economia Social de Mercado – Um diálogo entre Europa e América Latina”. O Reitor da Universidade, Enrico dal Covolo, introduziu o tema do debate na manhã do dia 26.

Conteúdo do Curso

Europa e América Latina, dois continentes sempre mais próximos graças também ao pensamento social da Igreja. No mundo de amanhã estas duas realidade poderão integrar-se sempre mais e em particular impulsionando valores como liberdade, solidariedade e subsidiariedade. Com um valor acrescentado que não deve ser negligenciado: o poder e a capacidade de refletir e a ênfase da Doutrina Social da Igreja, mas também – e este, um tema redescoberto pelo Papa Francisco - a economia social de mercado.

Parcerias com Universidades latino-americanas

O objetivo do curso é formar jovens capazes de administrar esta integração, incentivando o desenvolvimento dos dois continentes no mesmo sentido. O curso de alta formação (Mestrado de I nível) sobre o tema «Economia social de mercado e Doutrina social da Igreja» é realizado pelo Centro Lateranense de Altos Estudos (CLAS) da Pontifícia Universidade Lateranense numa parceria com a Universidade Católica de Buenos Aires, a Universidade Católica Sedes Sapientiae (Lima-Carabayllo), a Universidade Popular Autônoma do Estado de Puebla e Universidade Católica do Chile (com o patrocínio do Colégio Borromeo - Jean Monnet European Centre of Excellence, Pavia).

Nas pegadas de Francisco

O tema tratado é um terreno fértil. De fato, Europa e América Latina têm raízes históricas e valores partilhados. Se a isto se acrescenta a ideia de economia social de mercado e a Doutrina Social da Igreja, os resultados podem ser interessante. Se volta “ao fim do mundo” – como apresentou-se Jorge Mario Bergoglio na sacada central da Basílica de São Pedro ao ser eleito Pontífice – para ir rumo a um novo mundo.

Francisco expressou o seu parecer em 6 de maio passado, pedindo para a Itália e a Europa a economia social de mercado, capaz de oferecer modelos de desenvolvimento inclusivos, equos e “não orientados ao serviço de pouco, mas ao benefício das pessoas e da sociedade”.

Como observou o Professor Flavio Felice – docente de Doutrinas Econômicas e Políticas na Lateranense – as palavras do Papa abraçam um horizonte atual e de atualidade ainda mais amplo: “Francisco parece sugerir entender a questão migratória, não como um problema, mas como um processo concreto, que fatores seculares plasmaram e que ainda estão plasmando”. Em outras palavras: é necessária a subsidiariedade, que permitirá uma verdadeira refundação da Europa, além de uma aproximação com a América Latina.

Cardeal Parolin

O Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, manifestou-se, escrevendo que “o Papa auspicia que sejam promovidas sociedades inclusivas, criativas e respeitosas pela dignidade de todos, e a Igreja possa contribuir para a realização de uma convivência mais justa, despertando as forças espirituais sem as quais a justiça não pode afirmar-se e prosperas. (JE)








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