Saúde, parte integrante do desenvolvimento sustentável


Genebra (RV) - Uma delegação da Santa Sé participa da 69ª Assembleia Mundial da Saúde que se realiza, em Genebra, Suíça, até o próximo sábado, 28.

O Secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Mons. Jean-Marie Mupendawatu, responsável pela delegação, proferiu um discurso, nesta quarta-feira (25/05), salientando que a saúde é “parte integrante do desenvolvimento sustentável”. 

Vida saudável

“O cumprimento da ambiciosa Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, com os seus 17 objetivos e 169 metas associadas, garantirá a promoção de um futuro sustentável sob os pontos de vista econômico, social e ambiental para o nosso Planeta, para as gerações atuais e igualmente para as vindouras. A Santa Sé acolhe positivamente a ênfase imprescindível que se dá à dignidade da pessoa humana e a forte atenção reservada à imparcialidade, expressa mediante o compromisso de que ninguém será abandonado. No que diz respeito à saúde, o que se exprime no objetivo 3: Garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”, disse ainda o secretário do dicastério vaticano.

“Segundo a Declaração das Nações Unidas, os objetivos para o desenvolvimento sustentável são «integrados e indivisíveis», devido ao fato de que o progresso numa área depende do progresso em muitas outras, e por conseguinte são «de natureza global e universalmente aplicável», uma vez que se propõem ser relevantes para todos os países”. 

Vontade política

Para a delegação da Santa Sé, “um dos principais desafios para a nova Agenda é traduzir em ações concretas o princípio básico de ser «integrado e indivisível», e isto se torna mais crítico onde as sinergias são menos diretas, como o vínculo entre a mudança climática e a difusão das doenças transmitidas por vetores. No que se refere à luta contra as mudanças climáticas e suas consequências sobre a saúde, a minha delegação deseja sublinhar a necessidade de uma maior vontade política e de um forte compromisso por parte das sociedades civis, para poder alcançar acordos verdadeiramente significativos e eficazes em matéria de meio ambiente. Com muita frequência, as negociações internacionais não conseguem fazer progressos importantes por causa das tomadas de posições daqueles países que antepõem os próprios interesses nacionais ao bem comum.” 

Novas conferências

“A Santa Sé reitera o compromisso das instituições católicas de saúde a continuar os esforços para debelar as epidemias da Aids, tuberculose, malária e enfermidades tropicais demasiadas vezes descuidadas, e no combate a outras doenças transmissíveis.” 

A esse propósito, Mons. Mupendawatu anunciou em seu discurso que Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde junto com a ‘Nippon Foundation’ organizam nos dias 9 e 10 de junho próximo, em Roma, um congresso sobre o tema “Cuidados holísticos para as pessoas que sofrem do mal de Hansen, no respeito pela sua dignidade”.

Disse também que, de 10 a 12 de novembro deste ano, o dicastério vaticano realizará sua 31a Conferência internacional sobre doenças raras e enfermidades tropicais negligenciadas, que contará com a presença de especialistas e participantes provenientes de mais de 60 países do mundo. (MJ)








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