2016-05-23 09:30:00

Semana do Papa de 16 a 22 de maio


Nesta “Semana do Papa” destaque para a saudação de Francisco às crianças ucranianas na audiência geral. No Angelus o Papa afirmou que com a Santíssima Trindade os cristãos são fermento de misericórdia.

O dinheiro e o poder sujam a Igreja

Terça-feira, 17 de maio – na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que o dinheiro e o poder sujam a Igreja. O Santo Padre disse que o caminho que Jesus indica é o serviço, mas com frequência na Igreja buscam-se poder, dinheiro e vaidade.

 “No caminho que Jesus nos indica, o serviço é a regra. O maior é aquele que serve mais, quem está mais ao serviço dos outros, e não aquele que se vangloria, que busca o poder, o dinheiro...a vaidade, o orgulho…”

“Não, esses não são os maiores. E o que aconteceu aqui com os apóstolos, inclusive com a mãe de João e Tiago, é uma história que acontece todos os dias na Igreja, em cada comunidade. ‘Mas entre nós, quem é o maior? Quem comanda?’ As ambições…Em cada comunidade – nas paróquias ou nas instituições – sempre existe esta vontade de galgar, de ter poder.”

Ignorar o pobre é desprezar Deus

Quarta-feira, 18 de maio – na audiência geral na Praça de S. Pedro o Papa Francisco falou na sua catequese sobre pobreza e misericórdia referindo-se à parábola do rico avarento e do pobre Lázaro.

A misericórdia de Deus está ligada à nossa misericórdia para com o próximo – disse o Santo Padre – e quando não temos misericórdia para com os outros, a misericórdia de Deus não encontra espaço no nosso coração fechado.

Isto nos demonstra a parábola do rico avarento e do pobre Lázaro – afirmou Francisco. O portão da casa do rico estava sempre fechado ao pobre, que ali jazia esfomeado e coberto de chagas. Ignorando Lázaro e negando-lhe até mesmo as sobras da sua mesa, o rico desprezou a Deus, segundo as conhecidas palavras de Jesus: “Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a Mim que o deixastes de fazer”.

Segundo o Papa podemos, assim, afirmar que “ignorar o pobre é desprezar Deus”.

Saudação às crianças da Ucrânia

Na audiência geral desta quarta-feira dia 18 de maio, na Praça de S. Pedro, o Papa Francisco saudou com especial afeto os fiéis da Ucrânia.

Entre eles estavam cerca de 100 crianças ucranianas “órfãs e deslocadas por causa do conflito armado que ainda continua no leste do país”. As crianças chegaram a Itália através do projeto internacional “Crianças pela paz em todo o mundo”.

O Papa voltou a rezar pela paz na Ucrânia:

“Por intercessão de Maria Santíssima renovo a minha oração para que seja alcançada uma paz duradoura, que possa levantar a população tão provada e oferecer um futuro sereno às novas gerações.”

Explorar trabalhadores para enriquecer é pecado mortal

Quinta-feira, 19 de maio – na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que explorar os trabalhadores para enriquecer é ser como sanguessugas e isso é um pecado mortal.

Francisco recordou a precaridade dos vínculos laborais e, em particular, citou o que lhe disse uma jovem que encontrou um emprego de 11 horas diárias por 650 euros na informalidade.

E disseram-lhe que se queria podia ficar com o trabalho senão há mais quem queira: “há uma fila atrás de si”.

A exploração das pessoas hoje é uma verdadeira escravidão – denunciou o Papa: “Viver do sangue das pessoas. Isto é pecado mortal. É pecado mortal.”

Com a Santíssima Trindade somos fermento de misericórdia

Domingo, 22 de maio – Angelus com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro. Grande multidão saudou o Santo Padre que da Janela do Palácio Apostólico afirmou que com a Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo podemos ser fermento de comunhão e misericórdia.

No Evangelho deste Domingo da Santíssima Trindade – disse o Santo Padre – o “Evangelho de S. João apresenta-nos o discurso de adeus, pronunciado por Jesus pouco antes da sua Paixão”, no qual explica aos seus discípulos “as verdades mais profundas que lhe dizem respeito; e assim é delineada a relação entre Jesus, o Pai e o Espírito”.

Jesus sabe de estar perto da realização do desígnio do Pai que se cumprirá com a sua morte e ressurreição; por isso quer “assegurar aos seus que não os abandonará, porque a sua ação será prolongada pelo Espírito Santo” – sublinhou o Papa.

O Espírito Santo – segundo Francisco – “guia-nos nas novas situações existenciais com um olhar dirigido a Jesus e, ao mesmo tempo, aberto aos acontecimentos e ao futuro”.

E o mistério da Trindade fala também da nossa relação com o Pai, o Filho e o Espírito Santo – afirmou o Papa – pois “esta ‘família divina’ não está fechada em si própria, mas é aberta e comunica-se na criação e na história”. O “horizonte trinitário de comunhão envolve-nos a todos e estimula-nos a viver no amor e na partilha fraterna” – declarou o Santo Padre.

Desta forma, “a Festa da Santíssima Trindade convida-nos a empenharmo-nos nos acontecimentos do quotidiano para ser fermento de comunhão, de consolação e de misericórdia” – afirmou Francisco.

E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 16 a 22 de maio. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








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