2016-05-16 13:14:00

Bispos da África querem informação positiva sobre o continente


“A África é muitas vezes descrita como um continente de trevas,  de morte e fracassos sociais, devido a problemas étnicos, conflitos violentos e epidemias como a SIDA e o vírus Ébola”.

A afirmação foi feita pelo Padre Chrisantus Ndaga, responsável pelo sector das comunicações sociais na AMECEA, Associação das Conferências Episcopais da África Oriental. Foi num simpósio de jornalistas católicos  que decorreu em Nairobi, no Quénia de 10 a 13 de Maio.

P. Ndaga interveio em nome de D. Charles Palmer-Buckle, arcebispo de Acra, capital do Gana, e Presidente da CANAA, Agência Católica Africana de Notícias, promovida pelo SCEAM, Simpósio das Conferências Episcopais da África.

Ao dirigir-se aos jornalistas católicos provenientes de diversos Países africanos, o P. Ndaga, citado pela agência Fides, sublinhou a necessidade de ter presente também notícias positivas sobre o continente africano, de modo particular as iniciativas promovidas pela Igreja católica. “Há muitas actividades que não são transmitidas pelos media” – disse aquele sacerdote.

Ao longo destes anos emergiu o desejo de partilhar notícias e informações entre a Igreja e a África – acrescentou o P. Ndaga, segundo o qual há também o desejo de fazer com que a voz da Igreja em África seja ouvida não só no seio do continente, mas também além fronteira”.

A mesma ideia foi retomada também pelo P. Bosco Anyalla, Director da CANAA, segundo o qual “demasiados contextos africanos são usados como exemplos negativos, com expressões como “País esmagado pela pobreza; um governo definido pela corrupção; um sistema político baseado no etnocentrismo; uma sociedade divida pelas religiões; uma comunidade oprimida pela doença e, mais recentemente, um covil de terroristas. Esta forma de narrar a África – afirmou – é muitas vezes usada por não africanos.

No simpósio de quatro dias, tomaram parte jornalistas católicos de dez países africanos: Quénia, Uganda, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe, Seychelles, Malawi, Nigéria, Gana, e Sudão do Sul.

 

(DA)








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