A Guiné-Bissau continua na instabilidade política

Uma nova sessão parlamentar deveria começar ontem, mas não houve consensos quanto ao projeto da ordem  dos trabalhos. Tudo porque a Bancada Parlamentar do PAIGC entregou um requerimento à Mesa da Assembleia Nacional Popular solicitando explicações sobre o estatuto dos 15 deputados expulsos pelo partido que estão na sala das reuniões.

A situação provocou desentendimentos entre as bancadas do PAIGC e do PRS com alguns ataques verbais e troca de acusações sobre os presumíveis autores da instabilidade na Guiné-Bissau.

A sessão parlamentar foi suspensa esta quarta-feira pelo 2º dia consecutivo devido a esse desentendimento. Entretanto esta situação foi anunciada pelo PRS ao Presidente da República três horas após a suspensão da sessão.

Para o PRS há bloqueio no parlamento...e segundo Florentino Mendes Pereira a Mesa da ANP está a forçar os deputados a discutir assuntos que não são previamente acordados.

O antigo Presidente da Nigéria e medianeiro da CEDEAO para a crise política na Guiné-Bissau esteve em Bissau por algumas horas.

A missão de segunda-feira passada foi a terceira de Olesegun Obasanjo desde que começou a crise em Agosto do ano Passado.

Olesegun Obasanjo voltou a reencontrar-se com o Presidente da República, o PAIGC, PRS e 15 deputados em conflito com o partido.

O medianeiro deixou advertências aos guineenses que encontrem uma solução política a fim de evitar " a violência e a intervenção dos militares".

Desde Agosto do ano passado que os guineenses vivem e convivem com a instabilidade política que veio ao público meses antes a queda do governo liderado por Domingos Simões Pereira e que agudizou com a expulsão em Dezembro dos 15 deputados do PAIGC do parlamento.

Indira Correia Baldé -  em Bissau