Card. Hummes: "Obrigado ao Papa por palavras contra abusos"


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco está a par das condições de miséria, violações de direitos e impunidade existente na Amazônia. A mantê-lo informado é o Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Comissão Episcopal da CNBB para a Amazônia, que envia regularmente ao Vaticano relatórios sobre as visitas pastorais que realiza na região. 

De retorno de recente viagem à Ilha de Marajó (PA), o cardeal denunciou à RV o degrado que leva famílias a ofereceram suas próprias meninas para a prostituição nas grandes balsas de transporte pelos rios. E no último domingo, 1º de maio, o Papa Francisco, durante o encontro com os fiéis na oração do Regina Coeli, foi muito incisivo a respeito, afirmando que “o abuso de menores é uma tragédia, que não se pode tolerar”. 

Em nossos microfones, Dom Cláudio Hummes agradece as palavras do Pontífice. Ouça aqui:

“Certamente a Igreja no Marajó, especialmente o bispo, Dom José Luis Azcona, e toda a sua equipe que há muito tempo luta contra este flagelo do abuso sexual de menores, crianças, nas balsas, naqueles rios. Todo mundo sabe disto. De fato, quando fui visitar, pude constatar ali mesmo; as pessoas falavam sobre isso nas audiências públicas que fizemos ali, o bispo informava sobre tudo o que estava ocorrendo ali, e eu também fiz um relato breve ao Papa, eu lhe enviei e ele o leu, está a par; embora certamente já conhecia tudo isso porque é aqui da Argentina e este fenômeno já vem de mais anos. Agora, eu vi casos graves ali casos graves ali nos rios do Marajó”. 

Abusos são flagelo que existe em todo lugar

“Sabemos que vão acontecendo casos por este Brasil afora e pela Europa afora também, e o Papa então, domingo, 1º de maio, saudou também a Associação ‘Meter’, que se dedica há anos à luta contra todas as formas de abuso contra os menores. Nesta ocasião, o Papa falou deste flagelo e disse que é uma verdadeira tragédia, que não deve ser tolerada de forma nenhuma. Devemos defender os menores, e devem ser castigados os que praticam o abuso sobre menores. Não se pode permitir nenhuma forma de impunidade ou acobertamento destes crimes”.

Agradecidos pela resposta do Pontífice

“Isto foi muito importante, esta palavra do Papa, e nós agradecemos muito esta força que ele dá a nós aqui e de modo especial, neste caso, à Igreja também do Marajó. Tenho toda certeza que Dom Azcona está muito feliz também com esta palavra do Papa, que nos encoraja a todos e nos dá força e orientação, sempre”.   

(CM)

 








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