A missão do Capelão da Guarda Suíça


Cidade do Vaticano (RV) – Esta sexta-feira, 6 de abril, 23 novos recrutas prestarão juramento na Guarda Suíça. A data recorda a morte de 147 soldados suíços caídos na defesa do Papa Clemente VII,  durante o Saque de Roma em 1527.

Esta pequena comunidade cristã caracteriza-se por ser uma “paróquia atípica”, sendo guiada, há quatro meses, pelo novo Capelão do Corpo, Padre Thomas Widmer. Em entrevista ao L’Osservatore Romano, o sacerdote fala de sua experiência.

OR: Qual é o primeiro balanço desta sua experiência como capelão?

“Passaram-se já quatro meses desde minha nomeação. E devo dizer que trata-se de uma bela experiência. Posso aprender muito de cada pessoa, mas também da instituição enquanto tal. Ser capelão significa ser pastor de uma “paróquia atípica” porque é formada, sobretudo, por jovens que ainda tem toda a vida pela frente. O meu papel é, em primeiro lugar, acompanha-los, ser pai e irmão e favorecer o crescimento humano e espiritual deles, consciente de que estar aqui em Roma, no centro do catolicismo universal, é para eles uma experiência única que abre novos horizontes sobre a Igreja”.

OR: O Jubileu Extraordinário comportou uma mudança na rotina de serviço dos guardas?

“Do ponto de vista do trabalho, não existem trabalhos diferentes. Há uma intensificação de nosso trabalho habitual, sobretudo pelo maior número de compromissos na agenda do Papa”.

OR: Que motivos levam um jovem a entrar na Guarda Suíça Pontifícia?

“Existem vários motivos. Por um lado é uma aplicação concreta de conhecimentos já adquiridos no âmbito militar, considerando o serviço desenvolvido junto ao Papa. Por outro lado, os jovens vem aqui por motivos de fé, porque veem esta missão como uma ocasião peculiar para aprofundar a sua fé e fazer experiência de Igreja próximos ao Romano Pontífice. E por fim, têm a consciência de que o conhecimento do Vaticano, da cidade de Roma e da língua italiana é um enriquecimento notável”.

OR: Qual é o papel do capelão no âmbito da formação?

“O objetivo da formação reservada ao capelão é o amadurecimento humano e espiritual. Para depararem-se com a fé existem encontros frequentes, que neste período tem focalizado o significado do Ano da Misericórdia e sobre temas contidos na Bula Misericordiae vultus. Quando chegam os novos recrutas, eles devem seguir um programa de exercitação, mas também de encontros de catequese com o capelão. Existe depois a preparação ao juramento, durante a qual tratamos do seu significado, sobre a fidelidade e sobre o sentido do dom da vida. Não falta nem mesmo uma reflexão sobre o papel do apóstolo Pedro. E se concentra também na formação cultural: estão previstas, de fato, visitas e peregrinações em locais significativos”.

OR: Existe uma particular atenção às emergências atuais, como a emigração, novas formas de pobreza, marginalização?

“Estes temas estão implícita ou explicitamente sempre presentes. Nas nossas catequeses falamos, por exemplo, das obras de misericórdia. Depois, existem voluntários que acompanham o Arcebispo Esmoleiro Konrad Krajewski, que se ocupa dos necessitados e leva comida aos pobres. Os guardas trabalham também na preparação destas saídas ou da distribuição de comida. Eu pedi aos guardas, além disto, para refletirem sobre a possibilidade de seguir um determinado projeto social”. (JE/NG)

 








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